26 Dezembro 2022      11:02

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A minha terra é Mourão

As dinâmicas da sociedade, da economia, da educação, da saúde, entre outras, sofreram grandes alterações na última década. Também a forma de fazer política se alterou. A velocidade de informação e desinformação é agora acelerada, e o meio de comunicação que chega a quase todos passou, do banco do jardim ou da loja do bairro, para as redes sociais. Aceitando eu o desafio e o privilégio de escrever na Tribuna do Alentejo.

O desafio que abracei recentemente de iniciar um Doutoramento na Universidade de Évora impõe a redação de artigos no contexto académico. Aqui nesta coluna quero escrever para todos os Alentejanos. Mas principalmente para as pessoas da minha terra. E, A minha terra é Mourão!  Sou um cidadão que participou e participa na vida ativa do concelho desde que me lembro, mas os 4 anos (2017 a 2021), como presidente da Assembleia Municipal de Mourão - para além de ter sido um desafio, foi uma grande honra – fizeram-me compreender melhor como posso contribuir para uma sociedade mais justa, inclusiva e solidária. Tentei estar à altura do cargo e da responsabilidade.

O desafio político atual é o de liderar uma alternativa de esquerda que promova o desenvolvimento do concelho e que respeite a população, seja ela de que cor política for. É criar um projeto que coloque as pessoas à frente dos interesses e que tenha como prioridade a melhoria das condições de vida da população. No programa eleitoral do PS no distrito de Évora (2022), sufragado pela maioria dos Alentejanos, constam estas duas propostas importantes para o concelho de Mourão e que o Governo da República ainda não concretizou:

1) Expansão do regadio no Concelho de Mourão a partir das Barragens de Alqueva; 2) Finalização do IP2, incluindo a estrada de Mourão para a Fronteira de S. Leonardo.

Mas queremos e precisamos de mais:

3) Precisamos de fixar médicos no Centro de Saúde de Mourão. Precisamos de médicos nas freguesias da Granja e da Luz. Para uma população tão envelhecida precisamos muito mais do que "teleconsultas" de vez em quando; 4) Requalificação da Rede de Água e Esgotos. Com perdas de água ainda superiores a 50%, o que por um lado acarreta custos elevadíssimos para o Município e que por outro, é um brutal desperdício de um bem essencial como a água; 5) Possibilidade das Juntas de freguesia se candidatarem a avisos ao PRR. É fundamental para serem feitos investimentos ao nível das freguesias.

Voltarei a abordar estes 5 eixos de apoio do governo central em próximos artigos.