O milagre que afinal não o é assim tanto
Uma canção dos Pink Floyd perfeita sem a participação na composição de Syd Barrett? A resposta lógica à questão anterior terá sempre de ser: Não! Nem pensar!
Contudo, mais que não seja porque é no acidente que se constrói a lógica enquanto conceito, esses dois enormes acidentes da história da música, Roger Waters e David Gilmour (vulgares salteadores sem alma que ousaram continuar a fazer música sob o nome de Pink Floyd depois da partida do Grande Génio Syd), conseguiram compor a canção seguinte:
Point Me At The Sky (1968)
Vendo bem, o mérito de ambos é relativo, começa como uma canção dos Beatles retirada do alinhamento de Sargent Pepper’s e acaba como uma canção de Syd Barrett. Vampiros! Parasitas!
Mas lá que a canção é perfeita é. A esguia voz de Gilmour. E a letra encantadora. Que pena ter sido composta no Ano 1 da loucura de Syd e não no Ano 0 ou -1.
Questões Essenciais -
(Depois de ver o teledisco de The Caterpillar, singular, melhor: proto-espiritual, canção dos The Cure)
Pode uma canção começar melhor?
Um penteado assim indicia desde logo o génio?
Lá dos confins de sabe-se lá quando e em que lugar, se lugar tiver sido, enfim, dos primórdios do jogo de atracções em que alguns, de entre os melhores de nós, julgam poder vir a encontrar, tantos milhares de milhões de anos depois, o sentido do Cosmos, isto não faz lembrar o Baby Lemonade, canção mágica de Syd Barrett?
O que é uma caterpillar girl?
E, já agora, uma baby lemonade?
Depois, sabendo o que são, resta o ineludível: quem são / quem eram tão plangentes e nobres figuras?
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