5 Dezembro 2021      13:04

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Macron destaca o trabalho e o papel dos dirigentes locais e regionais europeus

«Os dirigentes locais e regionais europeus representam o coração da democracia europeia» - foi esta a frase utilizada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na reunião plenária do Comité das Regiões Europeu e onde se debateram os valores europeus e a revitalização da democracia, ressalvando Macron o papel fundamental da subsidiariedade e da coesão e o papel primordial que cabe aos órgãos de poder local e regional na defesa dos valores europeus e na revitalização da democracia, numa época em que a França se prepara para presidir ao Conselho da União Europeia.

Nesta presidência francesa, os problemas serão vários e os cidadãos europeus debatem-se com os diferentes desafios económicos, sociais, ambientais e políticos, e Macron quer reforçar a confiança entre a UE e os seus cidadãos, com base em valores comuns e na defesa da democracia e o importante papel dos políticos eleitos a nível regional na democracia europeia. Defendeu também que a necessidade de construir, em conjunto com os órgãos de poder local e regional, criando e aplicando as reformas que possam vir a ser necessárias para melhorar o funcionamento da União Europeia, partindo da base para o topo.

O Comité das Regiões Europeu (CR), representa mais de um milhão de políticos eleitos em cerca de 300 regiões e 90 000 municípios, é um elemento indispensável à democracia de proximidade, que é o futuro da construção europeia. É ela que garante a diversidade dos nossos territórios ao serviço da coesão económica e social e assegura o respeito pelos nossos valores alicerçados na subsidiariedade, no Estado de direito e nos direitos fundamentais. É bom saber que, em tempos de incerteza e mudança como os que vivemos, a Europa em breve estará sob a liderança da França, país fundador da Europa, país dos direitos humanos e, agora, país que reúne países em torno de uma agenda ambiciosa para defender uma soberania europeia.»

O atual primeiro vice-presidente do CR é o português Vasco Alves Cordeiro, que, na mesma reunião, acrescentou: “Ouvir os cidadãos europeus é vital para salvar o Projeto Europeu, mas agir é igualmente importante para evitar a frustração e a desconfiança. A questão que se coloca cada vez mais não é se estamos a escutar os cidadãos, mas até aonde estamos dispostos ir para fazer o que eles pedem. Devemos mostrar o nosso empenho e capacidade de mudar a UE para melhor antes das próximas eleições europeias, e devemos fazê-lo ancorando-a nas suas cidades e regiões. O diálogo com os cidadãos não deve ser um exercício esporádico.”

 

Imagem de infoescola .com