Por Joana Mancha
Leonor de Matos Pereira tem 23 anos, é licenciada em Direito e agora também autora de um livro.
A jovem alentejana, natural de Évora, acaba de lançar o seu primeiro livro, um dos mais recentes lançamentos da editora Primeiro Capítulo. “Nos Olhos de uma Lágrima”, é o título pelo qual se apresenta o livro, escrito em forma de homenagem aos falecidos avós da autora.
Leonor dedica-se atualmente ao mestrado de Direito Empresarial, afirmou, ao TA, que a escrita sempre fez parte da sua vida. “Os meus pais são professores e desde muito nova que me puseram a ler e a escrever, e foi muito por influência deles e de alguns professores que acabei por ganhar esse gosto pela escrita”.
O livro que chegou aos sites de venda no passado mês de junho, retrata a dor da perda e do luto, e as interrogações que a morte deixam a quem se depara com ela. A jovem autora admite que a escrita do livro foi também uma forma de fazer o seu processo de luto, processo esse para o qual não encontra uma definição. “Esta foi uma das melhores formas de fazer o luto, foi uma forma de ultrapassar. Acabou por ser um desabafo e ao mesmo tempo um grito de revolta. O livro aborda muito essa questão, do que é a morte, e o que acontece depois de morrermos. Em relação ao luto, acho que não há uma forma de o definir, cada um tem a sua própria forma de o fazer.”
Para Leonor, “não existe uma lacuna” na literatura portuguesa no que toca a jovens autores, admitindo ainda assim que não é fácil para um jovem lançar um livro. “As oportunidades que nos são dadas não são assim tantas. Mas acredito que haja muita gente da minha idade que queira concretizar este objetivo, quando o livro foi lançado, perguntaram-me muito como é que fiz para lançar um livro.”
Aos olhos de Leonor, o seu livro pode ser também uma “mão amiga”, e algo com o qual os leitores se podem identificar. “Infelizmente alguma vez na nossa vida, eventualmente um dia vai passar por uma situação deste género. E aqui (no livro) podem sentir que não estão sozinhos e encontrar alguma ajuda em relação a isso”.
Fotografia de Mafalda Afilhado