18 Outubro 2016      10:55

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AS LIDERANÇAS DO FUTURO

É nos dias que correm que assistimos a um declínio e inflexão do crescimento económico, e prova disso mesmo é a estagnação da produção de riqueza “per capita” nos países desenvolvidos.

Várias foram as tentativas de equilibrar o estado deste contexto contemporâneo, contudo nenhuma polÍtica tem obtido o sucesso que almejava. Será que estamos a atingir o limite do paradigma produtivo ao qual nos fomos habituando? Eu diria que sim, que estamos prestes a assistir a um gigantesco salto tecnológico rumo a uma nova revolução industrial.

Torna-se hoje, em tom reflexivo, predizer quais serão as profissões do futuro, isto é, se as profissões que hoje conhecemos continuarão a existir ou se tornarão obsoletas com a derivação dos ganhos de produtividade oriundos da futura indústria 4.0.

Nesse sentido, acredito que estamos perante a eminente necessidade de transfigurar o sentido de aprendizagem, mais concretamente no que diz respeito à cultura do sucesso e insucesso.

Ao longo do tempo, fomos levados a crer que a influência gerada pela sociedade e também pela instituição família eram os estímulos infalíveis e aqueles que ditavam qual era o arquétipo da engenharia do sucesso e desenvolvimento.

Hoje, mais do que nunca, acredito na qualidade de quem ensina, da pedagogia ética e moral, mas acima de tudo o mais, acredito nos vários líderes de comunidade, a título informal, que ditam o rumo e direção a seguir num mundo que é demasiado rápido nas suas mudanças.

Reforço a questão da liderança e em particular a atitude intrínseca a cada um. É a atitude que tende a prescrever a influência, a influência que cada um de nós necessita para acreditar em algo. Se formos pessimistas, se acreditarmos que tudo vai correr mal, então a mentalidade criada é de fechamento e de defesa. Com a coação constante do erro, menos probabilidade existe de nos colocarmos à prova e de arriscarmos coisas novas.

No entanto, se um líder pugna pelo otimismo, mesmo que tudo o resto corra mal, apontando o fracasso e insucesso como uma consequência de algo que pode vir a ser feito melhor, que errar é criar novas oportunidades para aprender e construir, então acredito que os beneficiários sob a influência desse líder, sejam mais dados a desenvolver uma mentalidade de progresso, de resiliência e de esforço.

Por tudo o que foi dito, acredito que é necessário educar para ser flexível, preparando para o sucesso ou para o insucesso, mas sempre com esperança de algo melhor. Acredito ainda, que é necessário educar para que possamos acompanhar as novas tendências de um universo tão volátil. Acredito por fim, que a educação é o mais importante, no entanto, novos modelos aplicados à formação atual urgem em surgir, porque a tecnologia e inovação, essas não param de evoluir. 

 

Imagem de capa da mindsuite.co