Na Península Ibérica, “os ecossistemas aquáticos estão especialmente em risco, desconhecendo-se a situação atual das Espécies Exóticas Invasoras (EEI) e o grau de ameaça que representam para o meio ambiente e seus efeitos socioeconómicos”, o que dificulta “qualquer política de gestão proposta, mesmo quando os dados sobre invasões e impactos aquáticos estão disponíveis e detalhados.”
O Jacinto-de-Água, uma praga mundial que ameaça rios um pouco por toda a parte, originária da bacia do Amazonas, Brasil, está propagada pelo Guadiana e parece capaz de atingir a barragem de Alqueva. É a propria Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) que a declara "preocupante e uma ameaça, pois trata-se de uma espécie exótica invasora com elevada capacidade de propagação e consequentemente com elevada capacidade de degradação da qualidade da água".
Para já o controlo da propagação da espécie que é exótica e de crescimento rápido, está a ser possível com recurso a duas barreiras de contenção entre Portugal e Espanha, a primeira colocada em 2012 a dez quilómetros da Ponte da Ajuda e a segunda em 2014 a três quilómetros da albufeira de Alqueva.
Esta planta propaga-se à superfície das águas e possui um sistema radicular de vários metros abaixo da superfície. Cortá-la é ineficaz, porque ela volta a reproduzir-se, por via do sistema radicular que se mantém intacto.
Por enquanto a EDIA efetua recolhas semanais, sobretudo no tempo quente, o que tem mantido à distância a infestante que impede a entrada de luz solar e a oxigenação das águas, com graves consequências para fauna, flora e, no limite impossibilita o consumo humano ou o uso agrícola da água contaminada. Do lado de Espanha no verão passado chegou a recolher-se mais de uma centena de toneladas por dia da planta infestante, que cobria então uma extensão de 75 quilómetros.
Fontes:ueline.uevora.pt
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