Invejo o pastor que faz do monte a sua casa.
Afortunada vida que parece ter,
— a dele ou a minha?
Quem vê de longe deseja ser
O que de perto se ignora
Passa o tempo
Nasce o arrependimento
De não ir enquanto é hora.
O pastor cuida do gado
Como eu cuido dos números
Pelo sol ele é castigado
E eu, nem por qualquer astro sou amedrontado!
Caminhamos unidos pela inveja de um sonho
convictos de que sonhar nos faz ser
quem somos.
Imagem de arquivomunicipal. cm-lisboa .pt
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Ricardo Jorge Claudino nasceu em Faro em 1985. Actualmente reside em Lisboa. Mas é Alentejo que respira, por inigualável paz, e pelos seus antepassados que são do concelho de Reguengos de Monsaraz. Licenciado em Engenharia Informática e mestre em Informação e Sistemas Empresariais pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Exerce desde 2001 a profissão de programador informático. Também exerce desde que é gente o pensamento de poeta. www.claudino.eu