21 Junho 2016      15:26

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INTERCIDADES DE ÉVORA SUBSTITUÍDOS POR AUTOMOTORAS

Aumento da procura na linha norte e falta de carruagens, são os motivos avançados pela CP para a troca dos Intercidades que serviam a linha de Évora pelas automotoras ETU (Unidades Triplas Eléctricas), que são mais lentas e têm um grau de conforto inferior. Estas automotoras, com quase 50 anos, estão limitadas a uma velocidade de 120 Km/hora, face aos 200 Km/hora das outras composições.

Segundo a empresa, as locomotivas e carruagens que a CP retirou do eixo Lisboa-Évora foram reforçar a oferta nas linhas do Norte e do Sul, devido a “condições especiais de procura”, associadas ao feriado do 10 de Junho, aos festejos do Sto. António, em Lisboa, e ao Nos Primavera Soud, no Porto. Neste contexto, a ligação Oriente-Évora passou a ser servida por automotoras da série UTE 2240, datadas de 1970.

Embora esta opção para Évora seja transitória, é possível que volte a repetir-se noutros picos de procura, uma vez que a empresa já quase não tem automotoras a diesel, subsistindo com uma frota muito envelhecida que coexiste com algumas unidades – igualmente velhas – alugadas a Espanha. Motivo pelo qual a CP vai buscar os Intercidades de Évora para reforçar outras linhas, para combater os picos de turistas, colocando no Alentejo automotoras elétricas.

Esta mudança afeta também o troço de Beja para a capital, onde os passageiros viajam numa automotora até Casa Branca, fazendo aí o transbordo para o Intercidades vindo de Évora com destino a Lisboa.

Segundo dados da CP, os passageiros transportados entre Beja e Lisboa subiram de 96 mil em 2012 para 110 mil em 2015, o que representou um acréscimo de 15%. Contudo, a ligação Lisboa-Évora e Lisboa-Beja deu um prejuízo de 2,43 milhões de euros, no ano passado.     

 

Imagem © Ricardo Rodrigues.