6 Janeiro 2023      10:40

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Hospital de Évora recruta 2 enfermeiros e avalia necessidades

José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP)

O Hospital de Évora recrutou dois profissionais para as urgências e vai fazer “um melhor diagnóstico” sobre a necessidade de contratar mais, revelou José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Em declarações à Lusa, o dirigente sindical referiu que “foram recrutados, de imediato, dois novos enfermeiros para a urgência. Contudo, a administração precisa de fazer um melhor diagnóstico sobre a necessidade de mais enfermeiros”.

Note-se que José Carlos Martins falava no final de uma reunião com a administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), no mesmo dia em que os enfermeiros da unidade hospitalar cumpriram duas horas de greve em protesto contra a falta de profissionais.

Em relação a esta reunião, o Gabinete de Comunicação e Marketing do HESE assinalou que foi agendada a realização de “uma reunião no dia 24” para a “análise dos assuntos apresentados” pelos dirigentes sindicais.

“Das duas, uma: ou há colegas no hospital com mais experiência para irem para o serviço de urgência ou, então, têm que ser recrutados e alocados mais enfermeiros para a urgência e é isso que esperamos da administração no dia 24”, afirmou o presidente do sindicato.

O responsável avisou ainda que “são necessários bastante mais” enfermeiros, pois com a contratação destes dois profissionais, a equipa da urgência passa a ter 80, insistindo que continuam em falta cerca de 20 enfermeiros para serem cumpridos “os rácios que estão estipulados”.

Recorde-se que a greve convocada pelo SEP para todos os enfermeiros do hospital de Évora ocorreu entre as 10:30 e as 12:30 de ontem, período durante o qual cerca de 50 profissionais se concentraram junto à entrada principal da unidade hospitalar.

Na altura, o presidente do SEP indicou, então, que cada enfermeiro que exerce funções nos serviços de urgência do HESE “tem 50 a 60 horas extraordinárias por mês a mais no horário e cerca de 30 feriados e tolerâncias não gozadas”.

“Isto significa que os tempos de repouso e descanso são altamente insuficientes”, o que “coloca em questão a qualidade e a segurança dos cuidados prestados e dos próprios profissionais”, alertou.

 

Fotografia de observador.pt