O Hospital de Évora anunciou que vai criar uma nova área dedicada a doentes respiratórios (ADR) covid-19 do Serviço de Urgência Geral, graças a módulos acoplados ao edifício, num investimento de quase 454 mil euros.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) revelou que o início destas obras está previsto para quinta-feira e que a nova ADR “entrará em funcionamento até ao final deste ano”.
A empreitada insere-se no âmbito do combate à pandemia de covid-19 e enquadra-se no projeto ReMoTe — Requalificação e Modernização Tecnológica do HESE, numa proposta de reprogramação aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo em setembro deste ano.
O investimento de 453.747 euros conta com 85% de financiamento através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). As novas instalações vão “nascer” em edifícios modulares, ocupando uma área de cerca de 325 metros quadrados. Os módulos “ficarão acoplados ao edifício do Espírito Santo, dispondo de todas as condições de segurança para utentes e profissionais”, afirmou o HESE no comunicado.
Entre as novas valências incluem-se uma sala de pré-triagem e respetivos corredores de distribuição, uma ligação à urgência pediátrica, uma sala de observação, três zonas de observação individuais, instalações sanitárias e uma sala de reanimação. O hospital garantiu ainda que “todo o espaço” da nova ADR-SU “terá pressão negativa e estará equipado com os requisitos de ventilação estipulados pela Direção-Geral da Saúde para esta tipologia de doentes”.
Maria Filomena Mendes, presidente do conselho de administração, explicou que, desde abril que, “devido à necessidade imediata e incontornável de dar resposta à pandemia, houve uma adaptação e realocação de Serviços que alterou profundamente o funcionamento do HESE”, nomeadamente nas valências de Gastroenterologia, Ortopedia, Unidade de Admissão de Doentes Cirúrgicos ou Cirurgia.
“Por isso, a criação desta infraestrutura é crucial para a cidade de Évora, para o Alentejo Central e, inclusivamente, para a região Alentejo no atual contexto de pandemia, até à conclusão da construção do Hospital Central do Alentejo”, argumentou.
A responsável assinalou também que a nova ADR-SU vai permitir “que os Serviços retomem as suas instalações e lotações habituais, assim como a atividade assistencial habitual aos doentes não Covid-19, o atendimento de um maior número de utentes e melhores condições de segurança para doentes e profissionais”.
Fotografia de nasceremportugal.ffms.pt
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