14 Abril 2018      10:42

Está aqui

Os graves problemas da Urgência do Hospital Espírito Santo de Évora

São graves os problemas relatados pelos Enfermeiros do Serviço de Urgência do Hospital Espírito Santo de Évora.

Segundo informações prestadas por diversos Enfermeiros do Hospital Espírito Santo de Évora (HESE), têm ocorrido um conjunto de problemas graves relativos ao Serviço de Urgência do Hospital, sem que tenham obtido quaisquer perspetivas de solução. Estas informações foram apresentadas à Ordem dos Enfermeiros (OE), as quais foram reencaminhadas ao Sr. Ministro da Saúde.

De acordo com a mesma informação, a Ordem dos Enfermeiros efetuou várias Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional, e pôde constatar a veracidade das situações, as quais ilustram uma triste realidade. Passo a citar parte das referidas situações que nos fizeram chegar referentes à missiva enviada pela OE ao sr. Ministro da Saúde:

"7 Enfermeiros em ausência prolongada sem terem sido substituídos tal como previsto no despacho ministerial que refere que as substituições são autorizadas em 72h. Um enfermeiro para mais de 30 doentes internados em Serviço de Urgência, onde permanecem em macas no corredor durante dias a fio, sem qualquer distância mínima das outras que permita aplicar regras de controle de infeção.

Perante este cenário, é impossível aos Enfermeiros registarem sinais vitais destes doentes ou realizarem notas de enfermagem. Impossibilidade de abrir um Segundo posto de triagem, por falta de Enfermeiros, quando o tempo de espera excede os 20 minutos.

Milhares de horas a mais em dívida aos Enfermeiros, situação que irá agravar-se na altura de férias e com a entrada em vigor das 35h, medida que peca por tardia porque os Enfermeiros não podem ser os parentes pobres da Saúde. Falta de Assistentes Operacionais.

É este sim o cenário de caos que se vive neste Hospital e em muitos outros do País. Estamos cansados de lhe dirigir ofícios e não obter resposta nem soluções para estas questões. (…)

(…) o facto é que neste hospital, os Enfermeiros não têm condições exercer a sua profissão, nem com dignidade para quem cuidam, nem com segurança para salvaguardar a vida das pessoas."

Efetivamente a descrição relatada é muito grave e merece uma resposta emergente por parte do Ministério da Saúde.

Apesar de todas estas contrariedades e das situações de risco existentes, é graças à excelente qualidade dos Enfermeiros e dos restantes profissionais de saúde existentes no HESE, que é garantida a segurança e qualidade dos cuidados prestados às pessoas, bem como, a defesa da vida de todos os doentes que ali se socorrem.

Estes problemas têm vindo a agravar-se, pelo que merecem cuidados redobrados. Apesar destas contrariedades existentes, o HESE tem ao seu serviço um conjunto de profissionais de saúde de excelência que merece ser salvaguardado e apoiado.

 

Imagem de hevora.min-saude.pt