16 Setembro 2022      08:34

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Grândola: amplificação da zona industrial tem “utilidade pública”

António Figueira Mendes, presidente da Câmara Municipal de Grândola

O Governo considerou “de imprescindível utilidade pública” a 3.ª fase da ampliação da Zona Industrial Ligeira (ZIL) de Grândola, permitindo o abate de 199 sobreiros adultos numa área de 1,5 hectares, foi publicado em Diário da República.

Segundo a agência Lusa, este despacho dá resposta a um pedido de autorização solicitado pela Câmara Municipal de Grândola para proceder ao abate de 199 sobreiros adultos numa área de 1,51 hectares de povoamento daquela espécie, na Herdade das Fontainhas, na União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra.

De acordo com o documento, o Governo realça “o relevante interesse público, económico e social do empreendimento, bem como a sua sustentabilidade, uma vez que o alargamento desta infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento do concelho”.

Assim, a ampliação da ZIL vai permitir “responder à crescente procura de lotes para instalação de novas empresas, criando dinâmicas diretas e indiretas a nível de crescimento empresarial local, da atração de novos investimentos e da criação de emprego, e permitindo a fixação de população”.

O Executivo esclarece ainda que o município “apresentou projeto de compensação e respetivo plano de gestão”, prevendo “arborizar com sobreiros” uma área de 1,89 hectares, numa parcela de terreno, de que é proprietária, na freguesia de Azinheira de Barros e São Mamede do Sadão.

Em declarações à Lusa, António Figueira Mendes, presidente da câmara, explicou que o projeto para a 3.ª fase de ampliação da ZIL, um investimento de 2,5 milhões de euros, teve “início em 2018” e revelou-se “muito demorado”.

“Vai permitir alargar a ZIL com mais 25 lotes, mas, neste momento, já temos em lista de espera mais de 50 interessados, o que significa que vamos ter de continuar a alargar esta zona, porque temos muita procura para a localização de indústrias e temos de acompanhar essa procura”, sublinhou.

De acordo com o autarca, trata-se de “investidores das mais diversas áreas” e empresas “com alguma dimensão” que vão “dar resposta ao desenvolvimento que o concelho vai ter” nos próximos anos.

“Estamos a falar de algumas indústrias ligadas à metalomecânica pesada, outras ligadas às novas tecnologias e também à produção de equipamento hospitalar”, exemplificou.

Para o autarca, a “centralidade” do concelho de Grândola, as “infraestruturas de acesso”, assim como a proximidade “aos portos de Sines e de Setúbal, à zona de Lisboa e à região do Algarve têm influência na procura por parte de empresas de fora”.

O início das obras da 3.ª fase da ZIL está previsto “para o início de outubro” deste ano e o prazo de execução será de “cerca de um ano”, concluiu.

 

Fotografia de semmais.pt