13 Janeiro 2019      08:47

Está aqui

Fusão entre Embraer e Boeing volta aos tribunais

O desenvolvimento do processo negocial de aquisição da Embraer pela Boeing afeta diretamente as fábricas nacionais – OGMA e Évora - que são ainda da multinacional brasileira.

Agora foi o PDT - Partido Democrático Trabalhista brasileiro que revelou que levará à Justiça o acordo entre a Embraer e a Boeing, pondo em causa a decisão do conselho de administração da empresa brasileira que, no passado dezembro, aprovou a parceria com a Boeing e onde se prevê criar ganhos de operação equivalentes a 150 milhões de dólares.

Após as declarações do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que levantou reservas acerca da eventual perda de influência da Embraer para a Boeing, em resultado da fusão temeu-se o fim do acordo, no entanto, não passou disso.

Ainda assim, este acordo já foi barrado por uma ação em tribunal no Brasil após a assinatura de um acordo de intenções em julho de 2018 para formar uma joint venture entre as duas empresas aeronáuticas, avaliada em 4,75 bilhões de dólares. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região contudo derrubou a decisão da Justiça Federal que impedia o acordo entre as empresas Boeing e Embraer.  

O acordo prevê que a Embraer fique com 20% da joint venture e a Boeing com 80%. A Embraer, por sua vez, abre mão, em favor da Boeing, de toda sua parte comercial (lucrativa) recebendo como pagamento ações que representam apenas 20% do capital da NewCo, sem ter direito a qualquer ingerência na mesma, seja como membro de conselho ou na administração”, afirmou na decisão.

Agora é o PDT a dar entrada de uma ação civil pública na Justiça Federal em Brasília para suspender a venda da divisão comercial da Embraer para a Boeing alegando ser um “risco à soberania nacional” e que o acordo deve ser analisado pelo Congresso Nacional e pelo Conselho de Defesa Nacional.

 

Imagem de beam.land

 

 

Siga o Tribuna Alentejo no  e no Junte-se ao Fórum Tribuna Alentejo e saiba tudo em primeira mão