13 Julho 2019      12:32

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Falta de investimentos em infraestruturas científicas e tecnológicas

O Governo devia ter adotado medidas que permitissem o arranque de investimentos em infraestruturas científicas e tecnológicas.

Esta matéria é decisiva para o País.

4 anos sem projetos. 4 anos perdidos. 4 anos sem execução de projetos na área das infraestruturas científicas e tecnológicos. 4 anos sem execução de investimentos em incubadoras de base tecnológica. 4 anos sem investimentos em ninhos de empresas / sem viveiros de empresas. 4 anos sem execução nos parques de ciência e tecnologia. 4 anos sem execução em redes de transferência de tecnologia. 4 anos sem execução de centros de negócios e áreas de acolhimento empresarial. 4 anos desastrosos para os investimentos em infraestruturas científicas e tecnológicas.

Afinal o que falhou? Quais são as desculpas? Foi falta de dinheiro? Não. Existem fundos comunitários (não utilizados) no Portugal 2020. Financiam a 85% através de subsídios não reembolsáveis (vulgarmente conhecidos por fundo perdido) e mesmo assim não são aproveitados.

Então o que foi? Quase 4 anos para fazer os mapeamentos das referidas infraestruturas. É mau de mais para ser verdade!

O anterior Governo liderado pelo PSD apostou claramente no incentivo ao desenvolvimento de infraestruturas científicas e tecnológicas em todo país. Foi nessa dinâmica e energia positiva que permitiu apoiar investimentos na área tecnológica, são exemplos: os Parque de Ciência e Tecnologia, as Incubadoras de Base Tecnológica e Centros de Negócios…

 

A expectativa que se tinha era que este Governo acrescentasse algo a essa dinâmica. Mas não! Nestes últimos 4 anos os investimentos em infraestruturas científicas e tecnológicas são um deserto absoluto.

A taxa de execução do Portugal 2020 em infraestruturas científicas e tecnológicas é ZERO. Afinal onde estão esses financiamentos? Quais as desculpas?

As iniciativas a financiar deveriam privilegiar a incorporação de recursos humanos qualificados e incidir preferencialmente nos domínios temáticos identificados nas Estratégias Regionais e Nacional para a Especialização Inteligente, ou noutros domínios ou setores de atividade, particularmente nos que se encontram associados a estratégias agregadoras nacionais, de relevância regional, como a “Economia do Conhecimento”, a “Economia Criativa”, a “Economia Verde” ou a “Economia Azul”.
 

Então, onde estão essas iniciativas?

A garantia de ecossistemas empresariais favoráveis ao surgimento de novas oportunidades de negócio e de novos investimentos, que contribuam para a minimização do risco associado ao empreendedorismo, justifica, paralelamente, o apoio a iniciativas de caráter estratégico e infraestrutural de suporte aos processos de criação e instalação de empresas (incubadoras de base tecnológica.

 

Onde estão esses investimentos?

Estes novos investimentos deveriam contribuir para alterar o perfil produtivo do nosso País e das nossas regiões, através de uma intervenção consistente e integrada de fomento do empreendedorismo, suscitando a emergência de novas atividades económicas, orientadas para a produção de bens e serviços transacionáveis, que contribuam para aumentar a competitividade da economia.

Estes atrasos e falta de investimento estão a colocar em causa a possibilidade da criação, melhoria e expansão das infraestruturas científicas e tecnológicas, os quais inibem que muitos projetos empresariais emergentes se possam instalar.

O Governo liderado pelo PSD deixou preparado um conjunto de intervenções em Centros de Excelência nas Universidades do Interior.

A UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) ainda avançou. O que é que se passa com os projetos da UBI (Universidade da Beira Interior) e da Universidade de Évora?

O GP PSD propôs que os Institutos Politécnicos do interior pudessem criar Centros de Excelência. Nem isso o Governo aproveitou.

 

Quatro anos a marcar passo. Quatro anos sem capacidade de mudar, ou ajudar a mudar, o perfil produtivo do País. Quatros de Governo fantasia.

Apenas isso!