Maria Lourença Cabecinha, resistente antifascista alentejana faleceu no passada sexta, aos 88 anos.
Natural de São Cristovão, concelho de Montemor-o-Novo, nasceu a 17 de março de 1933 e tinha ascendência numa família de trabalhadores rurais. Não existindo escola, foi com o pai que aprendeu as primeiras letras e aos 12 anos já trabalhava no campo.
Com 15 anos, aderiu ao Partido Comunista Português e aos 18 anos tornou-se funcionária do partido, sendo obrigada à clandestinidade com o seu companheiro António Gervásio.
Foi presa em 1964. Esteve em Caxias 5 anos e meio para cumprir uma pena 2 anos e 10 meses.
Na prisão acabaria por aprender a ler e a escrever com o apoio de outras mulheres reclusas e as nunca nas visitas do seu filho foi permitido pela PIDE sequer um abraço entre ambos, como recorda o Museu do Aljube Resistência e Liberdade.
Após o 25 de Abril participou em diversas iniciativas da URAP e no núcleo de Montemor-o-Novo do MDM.
Imagem de Museu do Aljube Resistência e Liberdade