O 12.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo irá realizar-se nos dias 22 e 23 de junho, em Évora, onde serão discutidas a sustentabilidade e as tendências de futuro do vinho e das vinhas.
Segundo a agência Lusa, o evento é organizado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Associação Técnica de Viticultores do Alentejo, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Direção Regional de Agricultura e Universidade de Évora.
Este simpósio, considerado “um dos mais importantes fóruns de debate do setor vitivinícola em Portugal”, decorre a cada três anos, desde 1988, e irá ter lugar este ano no auditório do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT).
De acordo com a CVRA, são esperados, nos dois dias, mais de 150 participantes, que terão a oportunidade de ouvir e partilhar conhecimentos com cerca de 30 profissionais, investigadores, enólogos e produtores de várias regiões vitivinícolas mundiais.
Durante o evento irão ser abordados temas como as castas do futuro da região alentejana, as alterações climáticas, o paradigma biológico das vinhas, a comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, a embalagem e a água e os solos.
Francisco Mateus, presidente da CVRA, afirmou que “vão ser dois dias de debate interessante e atual com os olhos postos no futuro, porque falar do futuro e da sustentabilidade do setor é, atualmente, indissociável”.
Segundo o responsável, os efeitos das alterações climáticas já “não são do futuro, são atuais”, e os produtores enfrentam “ano após ano com a escassez de água e temperaturas mais elevadas durante períodos de tempo mais curtos”.
“Sentimos a necessidade de irmos adaptando as castas que temos na terra a outras variedades que sejam mais resistentes a estas condições, preservar os solos e garantir que a biodiversidade que o Alentejo tem continua cá”, sublinhou.
Entre outras questões, Francisco Mateus apontou a necessidade de se repensarem as embalagens para que o vinho possa chegar aos consumidores de “uma forma mais sustentável, com a redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono] e um transporte mais eficaz”.
“Temos de conseguir viver num contexto que é diferente daquele que tínhamos, por exemplo, há 20 anos e, portanto, isso implica alterações, conhecimento e o envolvimento de todos”, acrescentou.
A sessão de abertura do simpósio está agendada para o dia 22, às 9:45, e está a cargo de Francisco Mateus.
O programa inclui ainda conferências sobre o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, alterações climáticas, paradigma biológico, comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, embalagens e a água e os solos.
Fotografia de vozdaplanicie.pt