4 Junho 2019      18:25

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Évora recebe os dias mágicos do Festival Internacional de Artes Performativas

Na sua sexta edição, o festival Lá Fora traz a Évora um conjunto de propostas onde música, performance e animação se cruzam com os espaços emblemáticos da Fundação Eugénio de Almeida e da cidade de Évora. Um ponto de encontro já regular entre arte e os diversos públicos que percorrem e vivem a cidade. Quatro dias de intensa programação que convidam a circular, partilhar e participar, entre 13 e 16 de junho.

A grande festa da música, da dança e da arte performativa, o festival Lá Fora, organizado pela Fundação Eugénio de Almeida, este festival é um dos pontos altos da atividade cultural da Fundação e da cidade de Évora.

A abertura está marcada para o Pátio Pequeno do Páteo de São Miguel, no dia 13, às 21h30. Com o horizonte por cenário, o concerto é dos Bluish, projeto musical de Vera Vaz e João Farmhouse iniciado em 2017 e já com larga experiência nacional e internacional. Uma experiência de fusão entre a música e o lugar, com a paisagem a reinventar-se ao fundo.

O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida acolhe, a partir das 15h00 do dia 14 de junho, as piruetas, fantasias e extravagâncias do Monsieur Culbuto. Vindo de França, Culbuto é uma variação lúdica sobre as figuras de convite. Divertido e truculento, amável e brincalhão, espera e interpela visitantes, surpreende pela agilidade e graça e recebe quem nos visita, grandes e pequenos, nacionais e estrangeiros.

Pelas 18h30, o convite é para ouvir, no Jardim das Casas Pintadas, Ulrich Mitzlaf e o seu muito recente Dez miniaturas sónicas sobre “O grito” de Edvard Munch. Um diálogo entre o lugar e a experimentação musical, ou dez miniaturas sonoras para os frescos quinhentistas das Casas Pintadas.

À noite, há dois concertos no palco principal do festival, instalado no Páteo de São Miguel. Na primeira parte, Daniel Catarino, músico eborense que situa o seu trabalho entre a poesia do cantautor e as sonoridades rock que a sua formação em trio reforça.

Daniel Catarino alia canções orelhudas a letras fora do comum, em que aborda os paradoxos da humanidade num equilíbrio entre a frieza analítica e o calor poético. Habituado a pisar o palco apenas com a sua guitarra acústica, apresenta-se agora num trio elétrico e mais virado para o rock, acompanhado por Manuel Molarinho no baixo (O Manipulador, Baleia Baleia Baleia) e Xinês na bateria (Awaiting The Vultures).

Logo depois, Bruno Pernadas apresenta “Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them”, o seu mais recente registo discográfico, onde se combinam sonoridades múltiplas, do west coast jazz dos anos 70, ao lounge oriental, krautrock, freak folk, pop music, sampling e processamento de eletrónica low fi, exótica e soul music. Uma banda de nove músicos suporta esta diversidade e garante a excelência da proposta deste aclamado músico cujo trabalho começa a ser reconhecido também fora de portas.

A 15 de junho o dia abre de novo no Centro de Arte e Cultura (11h00) com o Monsieur Culbuto, que vai marcando presença no Páteo de Honra até às 19h30, altura em que Kate March, performer, bailarina e artista visual, apresenta Secret Epiphanies. Um espetáculo a solo que podemos situar entre a dança e a pintura, a convidar os espectadores a encontrar o seu ponto de vista e a estabelecer diálogos com as exposições patentes no Centro, e com as inquietações que a artista partilha pelo seu trabalho.

Do lado da música, Inês Pimenta apresenta o seu espetáculo no Pátio Pequeno, às19h00.

A noite traz ao palco grande duas bandas. A abrir (21h30), os Lavoisiser, projeto de Roberto Afonso e Patrícia Relvas que dialoga intensamente com as tradições (antigas e recentes) da música portuguesa, da qual colhem permanente inspiração. A banda tem circulado internacionalmente, chegando aos palcos nacionais com uma experiência acumulada reconhecível.

Encerra a noite a Kumpania Algazarra. Nove músicos em palco a explorar ritmos dançáveis e sonoridades contagiantes, pautadas por uma multiculturalidade vibrante. Uma noite em que se pode esperar o mais festivo dos desafios dos Kumpania Algazarra, cujo disco novo, Let’s go, ordena que se dance!

A manhã de 16 de junho, domingo, tem ainda tempo para o Monsieur Culbuto, que encerra o Lá Fora com a sua bonomia redonda e gaulesa (10h00). Tempo de famílias, tempo de festa e de encontros.

Projetos especiais

O programa do Lá Fora não fica completo sem uma referência a dois projetos.

Corpografias Imaginárias, uma exposição de trabalhos realizados no âmbito do Serviço Educativo da Fundação Eugénio de Almeida e dirigidos pela artista plástica Susana Marques. A exposição está patente ao público, no Centro de Arte e Cultura, todos os dias do festival.

Joana Leal, Passagem

Artista residente em Elvas, Joana Leal traz ao Lá Fora um projeto singular. Trata-se de Passagem, uma criação que coloca as mãos ao serviço da memória e se abre aos espectadores do Lá Fora. Um objeto que acompanha a Joana Leal vai crescer com os espectadores do festival. Um ritual feliz de uma velha artesã inconformada, como diz a Cátia Terrinca, agora aberto sobre o festival e os seus espaços.

O Bilhete de 13 junho custa 3,00€. O Bilhete 14 junho custa 6,00€. O Bilhete 15 junho fica a 7,00€. O Passe para os 3 dias custa 12€. Os Bilhetes estão à venda no Centro de Arte e Cultura nos dias dos espectáculos até às 19h

e na Coleção de Carruagens a partir das 19h.

 

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