15 Julho 2016      15:02

Está aqui

ÉVORA: DÚVIDAS NO NOVO COMPLEXO DESPORTIVO

No espaço de uma semana o município de Évora deu por concluído o novo complexo desportivo de Évora e anunciou a sua inauguração até ao final do mês de Julho. Segundo o presidente da autarquia, Carlos Pinto Sá, “o complexo estará em condições de ser inaugurado, porque já tem a parte elétrica e a certificação, e, portanto, já não há razões para continuar a adiar a sua abertura, tendo em vista servir a população e os clubes”, afirmou em declarações à Renascença.

Contudo, a obra e o terreno são da responsabilidade do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a quem a Câmara de Évora apresentou uma proposta de gestão do equipamento, querendo para si a gestão direta do espaço. Segundo o Tribuna Alentejo apurou junto de fonte na autarquia, a Câmara pretende a gestão do espaço e o respectivo financiamento para gerir o equipamento, que esta calculou ser na ordem dos 150 mil euros ano, o que parece ter criado algum impasse no acordo com o IPDJ.

Certo é que ontem, 14 de julho, a Câmara aprovou a minuta do contrato de comodato a celebrar entre o Instituto Português do Desporto e Juventude (proprietário do Complexo e executor da obra) e o Município de Évora, adiantado que se prevê a inaguração do espaço até ao final do mês, sugerindo que Câmara e IPDJ teriam finalmente chegado a acordo.

Porém e em Comissão Parlamentar de dia 12 deste mês, dois dias antes e quando questionado pelo deputado do PS Norberto Patinho se havia data para a inauguração do novo Complexo Desportivo de Évora, o Ministro da tutela avançava que ainda estava a ser negociado com a Câmara o modelo de gestão e que não pretendia "queimar nenhuma etapa" no processo, o que pode ser visto aqui.

Certo é que este processo tem gerado alguma polémica não só pelo atraso que o Complexo Desportivo está a levar a ser aberto à população, bem como pelo modelo de gestão, já que são dezenas os equipamentos desportivos espalhados pelo Distrito, muitos deles contruídos e geridos integralmente pelas autarquias, e que não têm qualquer apoio financeiro do Estado para gerir qualquer um desses equipamentos.

A entrada em funcionamento do novo complexo desportivo vai permitir que Évora deixe de ser a única capital de distrito que não dispõe de uma pista de atletismo. Este projeto inclui também um campo de râguebi, entre outras valências para várias modalidades.

Imagem de capa daqui.