Os acessos ao novo Hospital Central do Alentejo e a localização de um futuro terminal de mercadorias para servir a ferrovia vão ser definidos com a revisão do Plano de Urbanização de Évora.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Évora, indicou que estas são duas das prioridades estabelecidas pelo município no âmbito do processo de revisão do Plano de Urbanização (PU) da cidade, que está em curso.
Segundo o responsável, “o projeto do novo Hospital [Central do Alentejo] já estava previsto” no atual PU, mas é necessário “adaptar as alterações que, entretanto, se verificaram, como, por exemplo, as vias de acesso e a relação com as áreas adjacentes”.
Relativamente a um futuro terminal de mercadorias para servir a nova linha ferroviária Sines/Caia, vai ser estudada, no âmbito da revisão do PU, “a melhor localização” para a construção dessa infraestrutura.
A articulação entre as redes rodoviária e ferroviária, a escolha do local onde será construído um pavilhão multiusos e a criação de variantes para retirar trânsito do centro da cidade são outras das propostas em discussão com a revisão do PU.
O processo vai debruçar-se também sobre questões relacionadas com as áreas da mobilidade, rede viária, habitação, economia e novas construções e infraestruturas.
“Há várias questões que darão, naturalmente, bastante discussão”, pois existirão “ideias e propostas diferentes”, mas, “num determinado momento”, terão que haver “decisões para podermos finalizar o documento”, disse o autarca.
Contudo, Pinto de Sá afirmou que esse momento decisivo “ainda está longe”, prevendo que o processo de revisão do plano se prolonga “entre um a dois anos”.
“Queremos um conjunto de propostas que tenham uma visão global para podermos apontar a cidade a construir e a adaptar para o futuro”, destacou o autarca, salientando que o novo plano terá “uma vigência da ordem dos 10 anos”.
Nesse sentido, a Câmara de Évora preparou “um modelo participativo que vai acompanhar todo o processo de elaboração do PU” para permitir que a população se pronuncie sobre “questões de grande importância” para a cidade.
Note-se que o novo Hospital Central do Alentejo está a ser construído na periferia de Évora, num investimento total de cerca de 210 milhões de euros. Também se encontram em curso as obras de construção do troço junto à cidade que vai integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.
Fotografia de oatual.pt