2 Março 2021      10:59

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Évora defende financiamento para cluster na saúde no Alentejo

Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora

A Câmara Municipal de Évora defendeu hoje que o apoio e financiamento de um “cluster” na área da Saúde para o Alentejo deveria constar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cuja consulta pública terminou ontem, 1 de março.

Segundo a Lusa, a autarquia afirmou que “é nosso parecer que a atual proposta de PRR não responde às necessidades essenciais de Évora, do Alentejo e do país para combater a crise social e económica, alavancar a retoma e apontar novos caminhos de desenvolvimento que a pandemia evidenciou. É, portanto, fundamental alterar o PRR”.

O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.

Uma das sugestões da autarquia de Évora é a “garantia de apoio e financiamento à criação de um ‘cluster’ (ou uma outra designação que se considere adequada) regional de saúde para o Alentejo”.

O novo Hospital Central do Alentejo e suas respetivas infraestruturas, assim como a nova Escola de Saúde da Universidade de Évora, são dois dos pilares desse “cluster”, que também poderia incluir “uma incubadora de empresas de Saúde a instalar junto ao novo hospital” ou “a requalificação e reforço dos cuidados públicos primários de Saúde”, entre outras valências.

Recorde-se que, na quarta-feira passada, também em declarações à Lusa, o presidente do município de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), tinha criticado o PRR, considerando que “trata mal todo o interior do país”, para onde não se preveem “grandes investimentos”.

Nessas declarações, Pinto de Sá saudou logo como “uma excelente notícia para a mobilidade e qualidade de vida” da cidade a construção da variante nascente de Évora do Itinerário Principal (IP) 2, prevista no PRR, mas qualificou o projeto como “claramente insuficiente”.

Entre as reivindicações do autarca constam ainda a construção e dinamização de um terminal de mercadorias junto à cidade para servir a futura linha ferroviária entre Sines e Badajoz (Espanha), o lançamento de um programa de habitação acessível, a promoção da qualificação profissional, a criação de condições para a instalação de novas empresas e o apoio à requalificação da rede viária.

E, de acordo com o comunicado de hoje, estas propostas estão plasmadas no contributo que a câmara enviou para o PRR. Apoios à recuperação e resiliência das micro, pequenas e médias empresas, à fixação de trabalhadores e técnicos qualificados, com prioridade para o Serviço Nacional de Saúde, reforçar planos de erradicação da pobreza ou a criação de um programa de apoio para criar equipamentos estruturantes no interior são outras das sugestões incluídas no documento.

Note-se ainda que, este sábado, a ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo defendeu a inclusão da nova Escola de Saúde que vai começar a funcionar na Universidade de Évora no PRR.

 

Fotografia de radionovaantena.com