Quase tudo já foi tentado para afastar definitivamente os milhares de estorninhos que pernoitam nos plátanos do Bairro dos Assentos, na cidade de Portalegre. Como aves gregárias que são, agrupam-se em bandos de centenas ou mesmo milhares de indivíduos e é precisamente a quantidade que está a levantar problemas naquela cidade alentejana.
O município alega que o problema reside nas árvores que abrigam as aves e que padecem de problemas fitossanitários, o que atrai as aves. E é certo que chegou a dar início à sua substituição no início deste ano, processo que foi abandonado por falta de consenso na autarquia.
Interrompida a estratégia, o município tentou afugentar as aves com um sistema acústico, o que se tem revelado ineficaz. Agora fonte da autarquia adianta que se está a ponderar a utilização de redes para cobrir as árvores e impedir que as aves poisem ou mesmo o recurso de falcões.
O que é certo é que o chilrear de tantos pássaros está a provocar queixas generalizadas dos moradores, que lidam para além disso com uma enorme quantidade de penas e de excrementos das aves, o que impede que possam abrir as janelas das casas.
Estas aves constroem o ninho em qualquer buraco ou ranhura que encontrem, dentro ou fora de construções, debaixo de telhas, sótãos, buracos de árvores e muros e por se alimentarem em grupo e comerem qualquer coisa, quando em grandes concentrações podem ser controladores de pragas de insetos, mas da mesma maneira podem mesmo ser ameaça para pomares e olivais.