24 Dezembro 2016      10:16

Está aqui

ESTÁ ENTREGUE O PRÉMIO VERGÍLIO FERREIRA 2017

Já é conhecido quem venceu a edição 2017 do Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora, e que galardoou a escritora Teolinda Gersão.

O prémio - que é atribuído pelo conjunto da obra de um autor que se tenha distinguido nos domínios da ficção ou do ensaio - teve nesta edição a mais concorrida de sempre, tendo chegado candidaturas de Portugal, Espanha, Itália, EUA e Colômbia.

O júri do Prémio – constituído por Professores Pedro Ferré (U. Algarve), Mário Avelar (U. Aberta), Gustavo Rubim (crítico literário, U. Nova de Lisboa), Elisa Nunes Esteves (U. Évora) e Antonio Sáez Delgado (U. Évora, presidente) – decidiu premiar Teolinda Gersão pelo seu “perfil muito específico, enquanto prosadora, e o lugar absolutamente singular que tem na literatura portuguesa contemporânea, tornou a decisão mais simples”. De acordo com o painel “estamos perante uma das maiores ficcionistas da literatura portuguesa contemporânea”, sendo que o galardão agora atribuído consagra o seu percurso, “honrando em simultâneo as letras portuguesas”, como confirmou em declarações ao Gabinete de Comunicação da Academia alentejana, realçando também o alto nível dos candidatos.

Maria Velho da Costa foi a primeira galardoada com o prémio Vergílio Ferreira, em 1997, seguindo-se muitos outros nomes reconhecidos como Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia e Lídia Jorge e, no ano passado, João de Melo.

A cerimónia de entrega do prémio realiza-se no dia de 01 março, data em que se assinala a morte do escritor.

Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística, Romanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e depois de provas académicas professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. Vivei também em São Paulo, Brasil, e conheceu profundamente Moçambique. Foi escritora-residente na Universidade de Berkeley em 2004.

A sua obra mais recente é “Prantos, Amores e Outros Desvarios” e escreve sobretudo romances e publicou já duas novelas (“Os Teclados” e “Os Anjos”) e duas coletâneas de contos (“Histórias de Ver e Andar” e “A Mulher que prendeu a Chuva”). Já foram adaptados ao teatro quatro dos seus livros e dois dos contos deram origem a curtas metragens. Sobre “Passagens” está a ser feita uma longa metragem.

 

Imagem de teolinda-gersao.com