13 Junho 2017      11:14

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ENTREVISTA-DEBATE, PORTUGAL E BANCA

Entrevista de António Costa

Os mais atentos já esperavam que a entrevista do jornalista da SIC José Gomes Ferreira a António Costa terminasse em qualquer coisa “estranha”, fosse o que fosse, certamente iria terminar com “matéria” para além do seu objectivo central - entrevistar de forma imparcial o Primeiro-ministro sobre o estado do país e o desempenho do Governo.

De facto, as previsões de alguns tornaram-se realidade, pois, como é seu estilo, José Gomes Ferreira teve uma prestação medíocre enquanto jornalista, carregada de parcialidade, de insinuações e afirmações desviadas da realidade, conseguiu transformar a entrevista num debate pautado por uma intervenção ideológica.

Perdeu a SIC e perdeu o jornalismo, ganhou o vídeo da entrevista que, mesmo pela via errada (tornou-se uma “pérola” televisiva alvo de críticas e humor), teve um número de visualizações que de outra forma não teria conseguido.

 

Dia de Portugal

Iniciando-se na cidade do Porto e terminando no Brasil, o passado 10 de Junho foi mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas comemorado entre o território nacional e um país estrangeiro. De sublinhar novamente esta opção por parte do Presidente da República, sempre num espírito de descentralização e igualdade entre todos os portugueses.

No que toca a intervenções nas celebrações desta data, dois pólos opostos em termos de discurso: nota muito positiva para o discurso de Marcelo - focalizado, completo (abarcou as 3 áreas de comemoração: País, Camões e Comunidades) e pautado pela afirmação de valores de independência e liberdade; uma nota mais “fraquinha” para o discurso do Presidente da Câmara Municipal do Porto, além de não lhe ficar bem vitimizar-se com o suposto “esquecimento” da cidade, nem era o momento para o invocar, mesmo que considerasse ter razões para isso.

 

Banca

Com a compra do Banco Popular pelo Santander como um dos assuntos do dia (tornando-se no maior banco privado português) quero somente deixar uma pergunta provocatória: se quando o Santander compra o Banif as imparidades (3 mil milhões de euros) transitam para os contribuintes portugueses, porque não acontece o mesmo com os contribuintes espanhóis quando se compra o Banco Popular (37 mil milhões de euros)?

Talvez seja porque a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu pretendem uma Europa assente em (poucos) grandes bancos para a consolidação financeira? E os pequenos bancos? E os bancos estatais? Têm dois pesos e duas medidas? Viva a política Liberal!