28 Setembro 2016      02:29

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ENSINAR OS NOSSOS FILHOS A PENSAR ANTES DE COMPARTILHAR

Enquanto pais ensinamos os nossos filhos a evitar o perigo desconhecido, por isso insistimos que na rua uma das regras é não falar, nem aceitar convites ou gratificações de estranhos; e em casa é nunca abrir a porta a desconhecidos. E, no uso da Internet não deveríamos, também, ajudá-los ativamente a identificar e evitar situações que possam ameaçar a sua segurança e privacidade? E a escola não deveria desempenhar um papel mais diligente e ativo para ajudar os alunos a compreenderem e a evitarem comportamentos inadequados “online”?

Às vezes pode ser difícil de entender onde a privacidade termina e quais são os riscos reais, portanto, se não forem adotados os cuidados necessários e elementares os nossos filhos ficarão mais expostos aos perigos de navegação na Internet, utilização das redes sociais e aplicações de “chat”. Por isso, é fundamental fazê-los compreender que o ambiente “online” é equivalente a um local público e como tal há comportamentos a evitar.

Neste aspeto particular, caberá aos pais e aos professores ajudar a identificar os perigos que a Internet oculta. Com o novo ano escolar à porta, novos amigos digitais irão surgir o que desencadeará uma necessidade desenfreada de comunicar e trocar informação, portanto deveremos ser capazes de os ajudar a desenvolverem habilidades de tomada de decisão relativas às pessoas adequadas com quem devem comunicar-se.

Um bom ponto de partida é ensinar o que devem saber sobre mim? Que atividades é que colocam em risco a minha privacidade? E quais são as metodologias mais comuns para o roubo de informação na Internet?

Assim, dialogar regularmente com os seus filhos sobre as atividades “online” que podem envolver risco ajuda-os a pensar mais sobre a importância da privacidade e de como se devem proteger dos seus próprios comportamentos e hábitos de utilização.

Proteja os seus filhos! Converse com eles sobre os riscos envolvidos no uso das redes sociais; procure sempre respeitar os limites de idade estipulados pelos “sites”; oriente os seus filhos para não se relacionarem com estranhos e para nunca fornecerem informações pessoais, sobre eles próprios ou sobre outros membros da família; explique porque não devem divulgar informações sobre hábitos familiares e nem referentes à sua localização atual ou futura; instrua os seus filhos para nunca marcarem encontros com pessoas estranhas; esclareça sobre os riscos que decorrem do uso da “webcam” e explique que a mesma nunca deverá ser utilizada para se comunicar com desconhecidos.

E, ainda, para que não haja surpresas nas pesquisas efetuadas, é conveniente ter a sessão iniciada na conta do Google, no computador ou Tablet utilizado pelos seus filhos, bem como no Youtube, sendo que a conta do Google deve ser configurada de modo a apresentar apenas o conteúdo adequado à idade. Poderá eventualmente criar uma conta para este propósito.

Na utilização das tecnologias, nós somos os primeiros responsáveis pela orientação dos nossos filhos, assim, procure aprofundar os seus conhecimentos sobre as opções de segurança e as ferramentas de privacidade que os fornecedores de conteúdo “online” disponibilizam.

Ensinar a ter controlo sobre a pegada digital é um passo importante na gestão da privacidade.

Imagem de capa da Thinkstock/VEJA