A recuperação e requalificação do Aqueduto da Amoreira, um dos ex-libris de Elvas, representará um investimento de 1,9 milhões de euros.
O auto de consignação desta empreitada foi assinado, esta semana, prevê-se um prazo de execução de 18 meses.
Ao longo de 300 metros do Aqueduto, na zona do Rossio de São Francisco, os trabalhos consistem na consolidação estrutural, remoção de ferragens dissonantes, limpeza de paramentos, picagem de rebocos degradados, desobstrução do canal de água, reparação da cobertura desse canal, reparação do guarda corpos, execução de rebocos, limpeza e restauro do painel de azulejo, limpeza e restauro de cantarias.
O Aqueduto da cidade Património Mundial da UNESCO surgiu pela necessidade de abastecer a população crescente da cidade, no séc. XV. Pela mão do arquitecto Francisco de Arruda, mestre das obras do Alentejo, sob ordem de D. João III, deu-se início à sua construção em 1537, mas a sua vasta extensão e dificuldades de construção eram um custo elevado que levou à suspensão das mesmas em 1547, só sendo retomadas em 1571, voltando a ser interrompida em 1580, já com Filipe I como rei.
No início do século XVII voltou-se à sua construção e, após paragens e alterações no projeto, e só 1620 a água chegou à cidade.
Tem uma extensão de cerca de oito quilómetros, com um conjunto de diversas galerias, com 843 arcos, mais de cinco arcadas e torres , a uma altura de 31 metros, sendo considerado o maior aqueduto da Península Ibérica.
No sentido de manter e preservar o seu património histórico, a Câmara Municipal de Elvas procedeu também à limpeza do espaço envolvente ao Padrão da Batalha das Linhas de Elvas e que se encontrava extremamente poluído devido ao lixo que visitantes e outros foram deitando no local, uma atitude que a câmara alerta se tenha mais cuidado e respeito, sendo que “o contributo de todos é essencial para que possamos preservar a nossa história e o nosso património”, refere a autarquia.
Imagem de wikimedia .org
SIGA-NOS NO FACEBOOK
