Artigo assinado por Roberto Grilo
Sou, em todo o território nacional, o único candidato independente às eleições das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, não apresentado nem apoiado por qualquer partido. O meu partido é o Alentejo! Por isso mesmo, o lema da minha candidatura é “O Alentejo Primeiro!”.
Sou o presidente da CCDRA há já cinco anos. Conheço profundamente o Alentejo, os seus autarcas e o valoroso trabalho que todos fazem. Defendo que o poder autárquico é uma das mais importantes conquistas de Abril e da Democracia. E sou um adepto confesso da Regionalização, aliás, gostaria que neste processo se tivesse ido mais longe e estivéssemos a discutir a Regionalização, restando-me esperar que de facto este seja pelo menos um passo nessa direção e, depois de ser eleito, trabalharei para isso, dento do quadro legal das minhas competências.
Nesta ambição incluo o envolvimento das Autarquias e restantes parceiros na conceção e execução dos projetos que têm diferentes exigências e impactos. A Estratégia já refere os projetos estruturantes – barragem do Pisão, ligações rodoferroviárias e plataforma logística de Elvas-Caia, hospital central do Alentejo e candidatura de Évora a Capital da Cultura 2027, produção de hidrogénio verde e infraestruturas portuárias em Sines, dinamização do Aeroporto de Beja e plataforma agroalimentar.
A estes investimentos proponho acrescentar o meu empenho no que chamarei projetos complementares e que incluem a mobilidade e os transportes, os serviços de saúde e educação, a rede de inovação, a reabilitação urbana, as redes de água e saneamento, os empreendimentos hidroagrícolas e as áreas empresariais. Nestes projetos, as Autarquias são parceiros fundamentais, pela proximidade, pelas competências e pela ligação destes projetos com a atração de pessoas e empresas para os seus territórios.
Esta minha ambição inclui também a disponibilidade em trabalhar com as Autarquias e outros parceiros nos projetos a que chamarei transversais e que têm a ver com a infraestruturação e as redes de comunicação, as redes digitais e a fibra ótica, a capacitação e a participação mais qualificada dos parceiros regionais. Este ponto é particularmente importante para responder às necessidades das Juntas de Freguesia como agentes fundamentais na vida das terras de mais baixa densidade, para o que deverão beneficiar de apoios ajustados às competências que esforçadamente vêm desempenhando.
Viveremos uma época verdadeiramente excecional, de grande rigor e sacrifícios, mas também de inéditas oportunidades – assim tenhamos condições para as aproveitar.
Vejamos os factos: os fundos do Plano Operacional do Alentejo ultrapassaram os 1000 milhões de euros e os fundos do Turismo, no mesmo período, ficaram nos 10 milhões de euros, ou seja, 100 vezes menos – isto diz tudo sobre a importância da experiência na gestão de uma entidade com a CCDRA.
Estas circunstâncias obrigam a que ajamos com grande cautela, serenidade e pragmatismo. Eu sou absolutamente independente das estruturas partidárias, conheço os dossiês, conheço o território e as suas necessidades e expectativas, conheço a estrutura da CCDRA, conheço as especificidades dos fundos estruturais, tenho uma excelente relação com a tutela e os serviços centrais, tenho uma relação de confiança, proximidade a amizade com todos os autarcas do Alentejo. Não tenho dúvidas, e poucos terão, perdoar-me-ão a imodéstia, que sou quem tem as condições mais adequadas para servir melhor o Alentejo e os Alentejanos. Os tempos são de rigor, as decisões devem ser ponderadas e racionais.
Roberto Grilo
Candidato independente à presidência da CCDRA