O regresso do Verão trouxe consigo ventos fortes e altas temperaturas. Trouxe portanto condições propícias a propagação de incêndios.
Num só dia e num curto espaço de minutos, o concelho de Mação viu serem deflagrados cinco incêndios.
Felizmente, à hora a que esta crónica se encontra a ser escrita os incêndios foram extintos e encontram-se nesta altura em fase de rescaldo.
Uma vez mais se fala em fogo posto e em investigações (sem falar dos oportunismos políticos levados a cabo por partidos e comunicação social).
Neste momento sabe-se da detenção de um alegado responsável pelo incêndio de Mação.
Não se sabe ainda qual a medida de coação a ser sugerida pelo Ministério Público e, posteriormente aplicada pelo Tribunal.
Neste momento apenas podemos ter esperança.
Esperança que os incêndios não voltem a estar ativos.
Esperança que o Ministério Público apresente como proposta de medida de coação a prisão preventiva como pena mínima e que esta seja aplicada pelo Juiz.
Enquanto incendiários forem detidos e libertados com termo de identidade e residência, não podemos ter a esperança do final dos fogos postos.
Para além das medidas de coação, também as penas devem ser mais pesadas do que têm sido até à data (geralmente é aplicável o número de anos de prisão mínimo, levando muitas vezes a pena suspensa).
Deverão igualmente os incendiários ressarcir vítimas e populações dos danos sofridos pelos incêndios que atearam.
Está mais do que provado que a vertente preventiva do processo penal neste caso não se aplica.
São necessárias punições severas e que, no futuro, levem ao desaparecimento deste crime.
Até lá resta-nos esperar que a Justiça tenha a mão de ferro que as vítimas e populações precisam.