8 Outubro 2018      10:47

Está aqui

E agora Brasil?

No momento em que esta crónica está a ser escrita ainda não conhecemos qual o destino do Brasil no que ao próximo mandato presidencial diz respeito.

A esta hora, grande parte das sondagens apontam para a vitória de Bolsonaro sendo que algumas apontam a eleição do candidato já na primeira volta.

Mais uma vez, o Mundo assiste à cada vez mais certa eleição de um candidato com tiques ditatoriais e por uma confortável distância do segundo candidato (o sucessor de Lula, Haddad).

É realmente preocupante ver como candidatos que apoiam a tortura, a discriminação entre géneros e incentivam o uso de armas através da flexibilização da legislação conseguem tamanho apoio junto da população.

Aconteceu nos EUA, tem acontecido na Europa e prepara-se para acontecer no Brasil.

No caso do Brasil, como aponta uma investigação da BBC sobre esta temática, assistimos a uma grande divisão da sociedade entre ricos e pobres, homens e mulheres, pacifistas e incentivadores do ódio e da violência.

Deixou de haver meio termo. Deixou de haver força nos partidos centristas.

Tudo isto não pode deixar de estar relacionado com o próprio discurso dos candidatos que acaba por incentivar toda esta divisão.

No Brasil sente-se cada vez mais o peso da corrupção. A pobreza aumenta a olhos vistos, levando a que muitos procurem outros países como Portugal para fugir à violência e conseguir um melhor nível de vida para si e para as suas famílias.

É por isso que muitas pessoas falam em necessidade de mudança de paradigma na liderança do País.

Mas o medo do regresso à ditadura, leva também milhares de pessoas a sair à rua em defesa de algo que já há muito deveria estar garantido: os direitos humanos.

Tal como em todas as eleições, o destino do País está nas mão de quem vota pois, pelo menos por agora, o Brasil ainda vive numa democracia.

 

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