28 Fevereiro 2023      12:21

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Duas propriedades no Alentejo adquiridas por gestora de investimentos

O segmento do “agribusiness” está a tornar-se cada vez mais atrativo para os grandes investidores internacionais interessados em novos modelos de cultura, que se caracterizam por serem mais produtivos e mais tecnológicos e por terem uma integração vertical da cadeia de valor, revela a consultora imobiliária CBRE, citada pelo Jornal de Negócios.

De forma a demonstrar este crescimento, a consultora faz referência a um negócio que intermediou: a venda de duas propriedades agrícolas, situadas no Alentejo, à sociedade gestora de investimentos SLM Partners.

Uma dessas propriedades situa-se em Odivelas, Ferreira do Alentejo, e conta com 121 hectares, com terreno destinado inicialmente a amendoal, enquanto a outra fica em Montoito, Redondo, e tem 142 hectares, com nogueira e olival, explicou a CBRE, em comunicado. No mesmo comunicado, a consultora adianta também que a primeira propriedade pertencia a um proprietário privado e que a segunda estava na posse de uma sociedade agrícola, que foi também adquirida, embora não sejam conhecidos os números destas vendas.

Estas duas propriedades alentejanas foram adquiridas pela SLM Partners, um gestor de ativos que realiza investimentos em agricultura regenerativa e em floresta e cujo fundo, chamado Europe Silva Fund, pretende atingir a gestão de uma carteira no valor de 250 milhões de euros.

“Estas transações demonstram que o setor do ‘agribusiness’ está em crescimento e os ativos agrícolas estão cada vez mais na mira de investidores institucionais enquanto produto de investimento diferenciador e de retorno significativo. Portugal apresenta vantagens muito interessantes neste segmento e é por essa razão que a CBRE olha para a agricultura como mais uma classe de ativos no mercado de investimento imobiliário”, revela José Maria Henriques da Silva, consultor sénior para a área do ‘agribusiness’ da CBRE Portugal, no mesmo comunicado.

O ‘agribusiness’ é também destacado pela consultora, no seu último relatório de tendências para o setor imobiliário, como um dos segmentos de mercado que se encontra “a viver uma revolução”, a tal ponto que poderá este ano representar “mais de 10% do investimento em imobiliário de rendimento”.

 

Fotografia de publico.pt