21 Janeiro 2019      14:38

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Dois anos que parecem duas décadas

Esta semana assinalam-se dois anos da tomada de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América.

Em pleno “shutdown” (o maior da história do País), Donald Trump atravessa a maior crise do seu mandato.

Atualmente com minoria no Senado, Trump não consegue levar por diante a sua ideia de construir um muro para impedir a entrada de estrangeiros no País e usa esta convicção para colocar em crise o seu País e os cidadãos que jurou proteger.

Trump continua a gerir os EUA como se fosse uma das suas empresas: eliminando quem o contradiz, aplicando medidas populistas, promovendo a força militar e pretendendo levar ideias contrárias aos direitos humanos custe o que custar, mesmo que o custo seja a pobreza dos americanos em virtude da falta de salários.

Mais grave que tudo é ver a desfaçatez com que Trump encara toda esta situação. Ao manter o “shutdown” Trump não está apenas a defender a sua posição quanto à construção do muro, está a impedir que o seu próprio País funcione.

Valerá mesmo a penas deixares milhares de pessoas sem receber e serviços sem funcionar por uma medida que nada de bom trará ao País? Na cabeça de Trump sim.

Trump poderia perfeitamente continuar a defender a sua ideia e a apresentar as alternativas que tem apresentado nestes dias sem recorrer ao “shutdown”.

Este é portanto o pior de Trump, pelo menos até agora.

A juntar às constantes movimentações na sua equipa, aos escândalos de espionagem, à censura aos meios de comunicação social e ao uso do Twitter como órgão de comunicação do Presidente onde ofende todos os que contra si vão, uma questão continua a permanecer: como foi possível que um País elegesse esta pessoa para seu Presidente?

Passaram-se dois anos, mas a cada dia que passa parece um dia a mais em que Trump não deveria estar no Poder.

O futuro é incerto.

O que trarão os próximos dois anos?

 

Imagem de capa de JABIN BOTSFORD/THE WASHINGTON POST/GETTY IMAGES

 

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