Amanhã, 4 de dezembro, surgirá uma declaração de independência virtual pela mão de um grupo independentista andaluz: querem unir Andaluzia, Alentejo e Algarve, a República de Países Andaluzes.
Para se ter memória da união das regiões do sul de Espanha e Portugal é necessário remontar à época muçulmana, no entanto, esta é a proposta do Grupo independentista Assembleia Nacional Andaluza.
Um país à parte, quase um terço do território da Península Ibérica – 124 544 km2 - e com capital em Sevilha, é a proposta da ANA - Assembleia Nacional Andaluza que deseja criar uma federação de estados.
Alentejo, Algarve, Bajo Guadalquivir, Alto Guadalquivir, Granada e Múrcia são os países integrantes desta República Federal com quatro línguas oficiais - andaluz, português, murciano e valenciano – a população total quase atinge os 13 270 000 habitantes.
A organização independentista é liderada por Pedro Ignacio Altamirano, homem da cultura e das artes, e que defende a união de povos precisamente pela cultura e pelas tradições e não de fronteiras.
A independência da Andaluzia será proposta amanhã, pois o 4 de dezembro é uma data simbólica para região, uma vez que, em 1977, aconteceu uma grande manifestação onde um milhão e meio de pessoas invadiram as ruas da Andaluzia e reivindicaram a autonomia da região.
Apesar da iniciativa de amanhã ser meramente virtual e sobretudo simbólica, existirá um governo virtual, com ministros e delegados, e será nomeado um presidente da República.
Esta iniciativa toma proporções diferentes dado o recente “conflito” catalão, e que, consoante o desfecho, pode originar mais alterações na geografia não só espanhola, mas europeia.
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