1 Setembro 2016      16:32

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DA FICÇÃO À REALIDADE

"O ALENTEJO E O MUNDO"

Como na ficção, o enredo não pode terminar rápido. A novela “Dilma” dura desde o final de 2015, terminando ontem com a sua destituição do cargo de Presidente do Brasil. Mas a novela “Dilma” poderá estar longe de terminar, no momento em que uma segunda votação lhe dá a possibilidade de voltar a concorrer a cargos públicos nos próximos 8 anos.

Podia muito bem Francis Underwood da série Games of Cards, ocupar a cadeira do poder Brasileiro, ao invés do novo sucessor de Dilma Rousseff. Michel Temer foi subindo no poder político umas vezes como suplente, outras com golpes de bastidores. Até que chegou, finalmente, ao topo da cadeia política no Brasil, a sua Presidência. No entanto, o mesmo não se livra de várias insinuações e acusações do seu próprio envolvimento no caso Petrobras.

Com a sua popularidade abaixo dos 15% e depois dos apupos nos Jogos Olímpicos, o novo Presidente do Brasil tem a árdua tarefa de unir novamente o Brasil até às próximas Presidenciais em 2018: combater o desemprego, controlar a inflação e aumentar o crescimento económico.

Além de que Temer tem a difícil missão de reformar as leis do trabalho e colocar em prática a reforma das pensões (como nós, Portugal, sabemos tão bem o quão difícil esta última é).

No mesmo continente Americano, continua a derradeira caminhada para as eleições presidenciais dos EUA. Contudo, as sondagens que têm sido tornadas públicas têm descansado os apoiantes da ordem internacional, com Hillary Clinton à frente. Uma ficção, também, que tem estado perto nos últimos tempos da realidade.

Já aqui bem perto de nós, a crise política continua em Espanha quando esta semana o nome de Rajoy voltou a ser rejeitado para chefe de governo, por 6 votos de diferença. Com esta votação negativa para o líder do Partido Popular Espanhol, ficam no horizonte novas eleições serão marcadas para o fim do ano. Assim, Espanha correrá o enorme risco de no próximo ano o Estado e as suas regiões ficarem a ser governados por duodécimos.

A Europa e o Mundo precisam de grandes líderes, Estadistas. Num momento em que a ficção nunca teve tão colada à realidade como agora.           

 

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