3 Fevereiro 2019      10:01

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Concurso da ligação Évora-Elvas concluído esta semana e entregue a espanhóis

O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, revelou – após a conferência de imprensa da reunião semanal do Conselho de Ministros - que, na semana que amanhã se inicia, Portugal contratará “a maior obra ferroviária dos últimos 100 anos”.

O ministro referia-se à nova ligação ferroviária de 100 quilómetros entre Évora e Elvas – segmentada em três troços - e que irá permitir a ligação do porto de Sines a Espanha.

O investimento ronda os 400 milhões de euros - comparticipação da União Europeia de 56% (184 milhões de euros) - e, de acordo com o calendário previsto, a obra deverá iniciar-se até março de 2019, prevendo-se a sua conclusão para o primeiro trimestre de 2022.

O investimento total para execução do Plano Ferrovia 2020 é superior a dois mil milhões de euros e tem como foco principal o transporte de mercadorias e o transporte público de passageiros na ligação com Espanha.

Entretanto, o semanário Expresso avança que os consórcios Mota-Engil, Sacyr e Comsa ganharam a execução dos três troços do corredor Évora-Elvas, ficando as construtoras de origem espanhola – Sacyr e Comsa – com a execução dos investimentos que representam 300 milhões de euros, no entanto, outros concorrentes terão contestado o concurso.

Em causa estará que – apesar de abaixo do valor apresentado pelo governo em cerca de 30% - em nenhum dos casos, as empresas escolhidas foram as que apresentara um preço mais baixo.

Os critérios de seleção são compostos por dois fatores: preço (60%) e valia técnica (40%), o que justificará o facto de que a proposta vencedora não seja, necessariamente, a mais barata.

A Mota-Engil far-se-á assim cargo do troço Freixo-Alandroal, após uma proposta de 75 milhões de euros, 40 milhões abaixo do preço base.

A dona da Somague, a Sacyr, será a responsável peço troço entre Alandroal e a Linha do Leste, a empreitada mais cara, com um valor base de 195 milhões de euros de preço base.

O terceiro troço, Évora-Freixo, será responsabilidade da catalã Comsa, que, face aos 65 milhões de euros de preço-base, apresentou uma proposta de 45, sendo que, neste troço, existiam duas propostas mais baixas: a do consórcio nacional Opway/Elevo e que terá mostrado dificuldades em apresentar garantias bancárias, e a do consórcio da Gabriel Couto, um milhão de euros mais barata que a proposta catalã, mas que não terá obtido uma pontuação final tão elevada.

 

Imagem de publicocdn.com

 

 

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