Já chegaram a Évora as oito irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, e que serão as “novas inquilinas” do Convento da Cartuxa, criando assim uma nova Comunidade Monástica Contemplativa na Cartuxa de Évora.
A notícia é avançada pela Agência Ecclesia e que refere que estas irmãs, de várias nacionalidades, irão agora continuar a fazer da Cartuxa o “pulmão espiritual” da cidade alentejana.
O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, a Cartuxa de Évora, encontra-se ainda em obras de adaptação, vivendo as irmãs, por agora, numa casa contígua à Igreja de São Francisco.
A prioresa desta nova comunidade é a irmã Maria, holandesa, e prevê-se que perto de outubro as irmãs vivam já no mítico convento alentejano.
O nome comum do mosteiro deve-se ao facto de os monges pertencentes à ordem da Cartuxa - uma ordem monástica que surgiu na aldeia francesa de Saint Pierre de Chartreuse, perto de Grenoble. Chegou a Portugal pela mão de D. Teotónio de Bragança – que cresceu e foi educado em Vila Viçosa – no séc. XVI.
O Convento da Cartuxa de Évora é dedicado à Virgem Maria, sob a denominação "Scala Coeli", a Escada do Céu.
Após a extinção das ordens religiosas no séc. XIX, os bens foram confiscados e vendidos “ao desbarato” e os 13 monges e oito leigos que lá viviam foram expulsos.
Em 1869, José Maria Eugénio de Almeida comprou o mosteiro, já muito degradado e, em 1948, Vasco Maria Eugénio de Almeida, bisneto de José Maria, reconstruiu e devolveu-o à Ordem Cartusiana, tendo-se mantido aí desde 1960 - contava então com sete cartuxos - até há cerca de um ano, quando aos quatro monges cartuxos - dois octogenários e dois nonagenários – abandonaram o convento alentejano.
Imagem de cartuxa.pt