25 Março 2016      15:35

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A CHAVE PARA A PAZ MUNDIAL

Num mundo marcado por tantos conflitos de vários tipos – Síria e restante Médio Oriente, Coreia do Norte, leste Europeu, pressão russa e chinesa, atentados terroristas, conflitos partidários no Brasil, entre outros tantos – há políticos que tentam resolver estes problemas com recurso à violência e às armas, como se essa fosse a solução para as relações internacionais; por vezes, aparenta ser só uma competição por mandar ou dominar ou por ganhar mais uns dólares, nem interessa como nem a que custo.

Será certamente seguro dizer, dados todos esses conflitos, que eles – e todos os que os apoiam – nem sempre sentem uma grande empatia pelos membros de grupos opostos ao seu grupo ideológico.

Em geral, parece que o mundo sofre de um défice de empatia. Ficamos presos às visões dos nossos grupos e nem equacionamos experimentar a olhar a vida de um ponto de vista diferente. Felizmente, não é tarde para se mudar. A chave para a Paz mundial reside na empatia.

Investigadores da Universidade de Zurique parece que descobriram agora uma forma de ajudar as pessoas de um determinado grupo a sentir empatia pelas pessoas de grupos diferentes.

Num dos estudos, adeptos de futebol observaram outros adeptos da sua equipa e adeptos de uma equipa rival, em sofrimento. Depois, os investigadores deram aos participantes a possibilidade de reduzirem a dor destes através de sofrerem eles próprios alguma dor física.

Assistindo aos testes, os investigadores conseguiram prever que participantes ajudariam os da sua própria equipa porque mostraram atividade na sua anterior insula – acredita-se que desempenha um papel muito importante na consciência e emoção, segundo os autores do estudo - enquanto viam outra pessoa em sofrimento o que teve reflexo direto na sua preocupação.

Ficaram as perguntas: pode a empatia pelo diferente ser aprendida? São as nossas relações com os outros que influenciam as respostas do nosso cérebro e dos nossos sentimentos?

O estudo separou os participantes em dois grupos, e cada pessoa tem membros do seu grupo com as quais se identificam e também com pessoas de grupos opostos, e para os quais olham como elementos estranhos.

Os participantes no estudo foram direcionados para agir positivamente para com os membros de grupos diferentes e, posteriormente, expostos a um choque algo doloroso.

Os participantes iniciais mostraram atividade na área do cérebro associada à empatia quando testemunharam o membro do grupo diferente a sofrer o choque, já depois de terem tido uma interação positiva com eles.

Maajid Nawaz – um ativista britânico, colunista, político e contra-extremista -  identificou que é importante criar um estado mental confortável que permita a aproximação a pessoas e grupos opostos a nós.

Os resultados da pesquisa de Zurique são entusiasmantes.  Se uma pessoa pode sentir mais empatia por outra com personalidade e opiniões diferentes da sua numa experiência me laboratório, talvez o mesmo possa ser aplicado no mundo real. E se uma maior interação positiva entre a “main-stream” e os grupos minoritários levar a uma maior compaixão e preocupação genuína pelo outro?

Mais importante, o estudo parece mostrar que a resposta empática que os participantes sentem pelos membros diferentes é extensível a todo o grupo “oposto” e não só a nível individual. Os participantes olharam para todos os membros do grupo “oposto” com mais empatia.

Talvez não estejamos assim tão longe de uma fórmula para a paz mundial quanto podíamos pensar.

Será intrigante pensar como seria este estudo aplicado no mundo real e a mais pessoas, no entanto uma certeza: criou esperança e mostrou que podemos ser mais capazes de uma cultura mais harmoniosa no futuro.

 

 

Imagem daqui

Artigo realizado com base no artigo de Stefani Cox em bigthink.com.