Cold Heaven versus Erasure: Pressuposto para uma base educativa vital, ou seja, nem robusta nem cortês, exclusiva:
Certos filmes estão para o cinema como o Always, canção dos Erasure, está para a música pop. Clarificando: para demonstrar que a expressão pela via do tríptico – erro ostensível / equívoco voluntário / natureza imberbe – é fundamento e forma na educação pós-moderna (educação não sublime, de contiguidade e fragmentação – de quebra, o equivalente pedagógico da força nuclear fraca). Na verdade, dado o estado de pré-fracasso em que se encontra a espécie 2xsapiens, o que nos resta no caminho para a individualidade responsável (tão só o Desígnio que remanesce do fracasso latente).
É o caso de Cold Heaven, de Nicolas Roeg.
O processo reactivo do educado deve, evidentemente, começar por uma atitude de resistência / oposição – e ocorrer nesta sequência: não quero, não quero, não posso, não devo, não devo, enfim, não devo, não devo, pronto: SIM!
Dada a natureza do procedimento anterior, deve ser tido em conta que tal não é transponível para as artes consolidadas pelo longo deslizar dos tempos: resta, portanto, o cinema e a música pop. Essas outras artes, grandiloquentes, geniais, são para construção, não para instrução; comem-se, não se bebem.
Para deleite e registo. Com a vossa licença…
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