30 Junho 2022      09:02

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Castelo de Vide atribui medalha de ouro a Salgueiro Maia

A Câmara Municipal de Castelo de Vide vai atribuir, na próxima sexta-feira, a medalha de ouro do município, a título póstumo, a Salgueiro Maia, e assinalar o 78.º aniversário de nascimento do capitão de Abril.

De acordo com a agência Lusa, no mesmo dia, a autarquia vai assinalar o 1.º aniversário da Casa da Cidadania Salgueiro Maia.

António Pita, presidente da Câmara de Castelo de Vide, considerou que esta homenagem chega “atrasada”, tendo em consideração que esse reconhecimento “já deveria ter sido feito” há mais tempo.

“Estamos a cumprir com algo que já deveria ter sido entregue, mas é mais que justa, considerando que Salgueiro Maia é um símbolo nacional e um filho da terra, um orgulho para Castelo de Vide”, acrescentou o autarca.

Segundo o município, as homenagens a Salgueiro Maia na sexta-feira têm início pelas 09:45, com uma romagem ao cemitério daquela vila alentejana, com deposição de flores na sepultura do oficial.

Pelas 10:00, está ainda anunciada a cerimónia de hastear da bandeira no Parque 25 de Abril, colocação de flores junto ao busto de Salgueiro Maia, seguindo-se a atribuição da medalha de ouro do município, a título póstumo.

Após esta cerimónia, vai decorrer uma visita guiada por Alfredo Cunha à exposição “A liberdade passou por aqui” – parte 1.

Já pelas 11:00, na Casa da Cidadania Salgueiro Maia, irá decorrer uma visita guiada à exposição “A liberdade passou por aqui” – parte 2, e a apresentação do projeto “Memorial dos antigos combatentes do concelho de Castelo de Vide”.

Recorde-se que a Casa da Cidadania Salgueiro Maia, espaço evocativo do capitão de Abril, situado no castelo, património do Estado, resulta de um projeto do município e da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo).

O espaço, que até abril deste ano já tinha recebido mais de 12 mil visitantes, envolveu um investimento global de três milhões de euros, tendo sido inaugurado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Entre as peças que fazem parte do espólio figura o conhecido megafone com que, a 25 de Abril de 1974, no Largo do Carmo, em Lisboa, o então capitão intimou Marcelo Caetano a render-se.

O espaço museológico exibe também o uniforme e o “quico” militar que envergava nesse dia, entre outros uniformes, divisas, flâmulas, estandartes e pendões, insígnias, diplomas e louvores, documentos militares e fichas escolares pertencentes a Salgueiro Maia.

Natural de Castelo de Vide, o capitão de Abril expressou duas vontades em testamento, ambas cumpridas: ser sepultado naquela vila, em campa rasa, e deixar o seu espólio ao município para que fosse objeto de musealização.

 

Fotografia de cmjornal.pt