Ana Gomes, candidata à Presidência da República, defendeu neste domingo em Aljustrel o aproveitamento do aeroporto de Beja, em detrimento da construção de um novo aeroporto no Montijo, avança o Correio Alentejo.
A candidata conversou com apoiantes no Espaço Oficinas, no âmbito da iniciativa “Cuidar de Portugal”, aproveitando para sublinhar a ideia de que o aeroporto de Beja, na sua opinião, “está completamente desaproveitado e devia ser aproveitado pelo Estado português”. “Ainda por cima agora que, à conta da pandemia e desta crise na aviação, se concluiu que é absurdo ir-se investir no Montijo, com as implicações ambientais que este projeto tem", acrescentou Ana Gomes.
A candidata a Belém referiu ainda que este é o momento “de se repensar e pensar na utilização do aeroporto de Beja”, considerando que esta infraestrutura tem “capacidade” para ser “um aeroporto estruturante para o centro e sul do país”. No entanto, para tal, é necessário que o mesmo seja servido por uma via ferroviária “de alta velocidade”, realçou Ana Gomes, dando o exemplo de Tóquio, no Japão, “onde o aeroporto fica a quatro horas de distância por estrada, mas que de comboio se faz por muito menos tempo”.
Ana Gomes destacou ainda que também o Porto de Sines, outro dos pilares do “triângulo estratégico” para o desenvolvimento do Alqueva, “é uma infraestrutura crítica da maior importância para a Europa”, defendendo que este “não pode ser gerido com uma perspetiva tacanha e limitada”.
A candidata presidencial disse também que este é o tempo de equacionar os “projetos estruturantes” para o país e de, simultaneamente, “haver coragem política” para tomar determinadas decisões. “E sendo o governo quem governa, o papel de quem elegemos para a Presidência da República pode ser importante para congregar as pessoas, para as fazer refletir, para as impulsionar a tomar a decisão que precisa ser tomada. Para não continuarmos a desaproveitar infraestruturas que existem e que podem ser estruturantes para o desenvolvimento nacional e regional”, referiu.
Durante a sessão, Ana Gomes abordou temas como o combate à corrupção, a economia social, o voluntariado e a regionalização, terminando a iniciativa a cantar o hino nacional.
Fotografia de zap.aeiou.pt
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