5 Maio 2022      09:58

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Câmara de Évora “reduz dívida em 3,2 milhões de euros”

Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora

A Câmara Municipal de Évora reduziu em 3,2 milhões de euros a sua dívida global para cerca de 57 milhões, em 2021, e reforçou a capacidade de endividamento, avança a agência Lusa.

De acordo com Carlos Pinto de Sá, presidente da autarquia, o valor da dívida global da câmara municipal teve “uma redução de 3,2 milhões de euros”, o que “significa que, desde 2013, quando a dívida tinha atingido os 95 milhões de euros, já conseguimos reduzir a dívida em cerca de 38 milhões de euros, quase 40%, o que naturalmente nos dá conforto para o futuro”.

Referindo-se à prestação de contas do município referente a 2021, já aprovada por maioria na câmara e na assembleia municipal, o autarca adiantou que o valor da dívida da autarquia que consta nesse documento ronda os 57 milhões de euros.

“O prazo médio de pagamento, que chegou a estar em 755 dias, no final de 2013, atingiu, no final de 2021, apenas 49 dias, tendo registado uma redução de 28 dias” no ano passado em comparação com 2020, referiu ainda.

Segundo o presidente, a Câmara de Évora fechou o ano passado “sem pagamentos em atraso, o que acontece pelo sexto ano consecutivo”.

Pinto de Sá notou que, pela primeira vez na sua gestão, a autarquia ganhou, em 2020, capacidade de endividamento e, no ano passado, reforçou essa condição.

“Tínhamos, em 2013, um excesso de endividamento de 32,6 milhões de euros”, mas, “em 2020, pela primeira vez, conseguimos ganhar capacidade de endividamento e, no final de 2021, essa capacidade situou-se perto de oito milhões de euros”, precisou.

Assim, a gestão CDU da câmara já pode “começar a pensar na possibilidade de utilização do endividamento para poder responder a algumas das necessidades mais prementes da população e do concelho”.

“As contas municipais estão saudáveis e permitem fazer investimentos e apoiar a atividade municipal e das instituições e do movimento associativo de Évora”, acrescentou o responsável.

Isto não obstante “ainda” subsistirem “algumas dificuldades e exigências, porque continuamos a ter que pagar, por causa do empréstimo, cerca de 4,5 milhões de euros por ano”, reconheceu Carlos Pinto de Sá.

 

Fotografia de oatual.pt