10 Dezembro 2018      16:57

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Boeing sem barreiras para entrar em Évora

O jornal espanhol “El Confidencial” avançava em maio deste ano que a gigante norte-americana Boeing poderia estar prestes a dar o “abraço do urso” à gigante brasileira Embraer e ficar com as duas fábricas de Évora – além da OGMA, em Lisboa, e do polo aeronáutico da companhia brasileira em Casablanca, Marrocos.

O jornal espanhol deu mesmo a operação de compra da vertente comercial da Embraer, pela Boeing, como realizado. A Boeing, a grande rival da europeia Airbus, está a dar passos no que parece um implantação na Europa e o negócio que se estaria a preparar desde o início do ano, é uma resposta à compra da Airbus da canadiana Bombardier, concorrente direta da Embraer no fabrico de aviões executivos e de passageiros médios.

Há cinco anos instaladas em Évora, as fábricas da Embraer surgiram de um investimento de cerca de 180 milhões de euros e fábricas de última geração e com alta produtividade, especializadas em estruturas metálicas e materiais compósitos.

Contudo o negócio foi barrado por uma ação em tribunal, no Brasil após a assinatura de um acordo de intenções em julho deste ano para formar uma joint venture entre as duas empresas aeronáuticas, avaliada em 4,75 bilhões de dólares.

A Revista Hoje, uma publicação brasileira, avança que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região derrubou a decisão da Justiça Federal que impedia o acordo entre as empresas Boeing e Embraer.  

Pelo acordo, a Embraer fica com 20% da joint venture e a Boeing com 80%. “E a razão é bastante simples: a Boeing não se desfaz de nada, exceto de um valor em dinheiro que, tudo indica, será investido numa empresa na qual a Embraer terá uma participação minoritária de apenas 20% e a Boeing deterá 80%.

A Embraer, por sua vez, segundo a Veja, abre mão, em favor da Boeing, de toda sua parte comercial (lucrativa) recebendo como pagamento ações que representam apenas 20% do capital da NewCo, sem ter direito a qualquer ingerência na mesma, seja como membro de conselho ou na administração”, afirmou na decisão.

Imagem de capa de aviationcv.com

 

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