29 Março 2021      13:52

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Beja lança ideia para criar robot que desinfeta o ar e grandes superfícies

O novo robot móvel Júlia, destinado a descontaminar espaços de grande dimensão, como unidades de saúde, fábricas, escritórios ou centros comerciais, está a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar de investigadores do UNINOVA – Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Instituto Politécnico de Beja e por elementos da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

De acordo com a Sapo24, a ideia para este robot surgiu depois de um enfermeiro no Hospital de Beja ter pedido soluções que facilitassem o trabalho das equipas de saúde, especialmente em tempos de pandemia.

Neste sentido, Júlia é um robot móvel que recorre a radiação ultravioleta e permite uma desinfeção do ar e superfícies de forma eficaz, segura e autónoma, estando ainda em desenvolvimento, mas estando previsto o seu lançamento até ao final do ano. O projeto conta ainda com o apoio financeiro da SOMINCOR, concessionária das minas de Neves-Corvo.

O robot será completamente automatizado, ou seja, ligar-se-á sozinho e quando estiver com pouca bateria regressará à base de carregamento. Além disso, quando o robot está operacional a sala tem de estar vazia, uma vez que os seres humanos são sensíveis aos raios ultravioletas.

José Barata, coordenador do grupo de investigação de robótica móvel (RICS) do UNINOVA – Centro de Tecnologia e Sistemas (CTS), explica: “saem os médicos, entra o robot. Quando está pronto vem-se embora e passa para outra sala”.

Já o nome Júlia deve-se a “Pax Julia”, o nome da cidade de Beja no tempo do domínio romano da Península Ibérica. Contudo, a equipa que está a desenvolver o robot não quer ficar por aqui. José Barata admite que a Júlia poderá ter mais irmãos e irmãs no futuro. “Queremos tornar isto numa fraternidade de robots”, admite o responsável.

 

Fotografia de 24.sapo.pt