O município de Beja vai investir um milhão e 300 mil euros para “valorizar e tornar visitável” o antigo Fórum Romano, um espaço com vários vestígios do “maior templo romano descoberto em Portugal”.
De acordo com o jornal Voz da Planície, o projeto para este espaço foi apresentado pelo arquiteto Vítor Mestre no âmbito da Beja Romana, na passada sexta-feira. O núcleo arqueológico em causa fica num logradouro entre a Praça da República e as ruas Abel Viana, da Moeda e dos Escudeiros, em Beja, e tem vestígios de dois templos romanos.
Conceição Lopes, arqueóloga ligada às escavações deste espaço há mais de 10 anos, refere que “um dos templos, dedicado ao culto imperial, terá sido construído na época do imperador Tibério, de 14 a 37 do século I d.C., e é o maior descoberto em Portugal e um dos maiores da Península Ibérica”.
Esta obra é financiada em 85% por fundos comunitários e em 15% pela autarquia, num projeto que irá tornar o núcleo “um recurso turístico valioso a favor da cidade de Beja”, destaca o presidente da câmara, Paulo Arsénio.
Assim, as obras a realizar no Fórum Romano de Beja contemplam “a construção de uma infraestrutura para permitir a visita ao núcleo, com uma arquitetura minimalista que não se sobrepõe à importância dos achados arqueológicos, o que se pretende é valorizar e destacar”, esclarece o autarca.
A Câmara Municipal de Beja adjudicou a obra à única empresa que concorreu e venceu o concurso público, seguindo-se a assinatura e o posterior envio para visto pelo Tribunal de Contas do contrato de consignação. O município prevê que a obra possa durar nove meses, que comece ainda este ano e que termine até ao final de 2023.
Segundo a autarquia, “depois de obtido o visto do Tribunal de Contas, o município irá contratar o projeto para criação e instalação do percurso interpretativo do núcleo, cujo investimento ainda não está definido”.
Fotografia de empresasmais.pt
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