7 Janeiro 2020      13:30

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Baixo Alentejo testa recolha de lixo porta a porta

A RESIALENTEJO, empresa que gere os resíduos no Baixo Alentejo, abrangendo os concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa, que no total corresponde a uma área geográfica de 6.650 Km2 e cerca de 95.866 habitantes, já lançou esta semana uma experiência piloto de recolha de lixo porta a porta a 4500 lares e cerca de 7000 pessoas dos concelhos de Barrancos, Beja, Mértola, Moura, Ourique e Serpa. 

Este projecto pretende criar um sistema socialmente mais justo, em que a facturação associada à produção de resíduos em cada lar deixa de estar associado ao consumo de água, e passa a estar associada à produção efectiva de resíduos indiferenciados.

O projeto prevê uma viatura preparada para a recolha porta-a-porta e inclui também a distribuição pelos munícipes de equipamentos para a separação de embalagens (plásticas e metálicas) e de papel/cartão, e recolha em dias de semana e horários pré-definidos.

Portugal comprometeu-se a atingir a meta de 50% de reciclagem em 2020 mas com o cenário atual, com a reciclagem abaixo dos 36%, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, será difícil a atingir tal feito, excepto se se der uma "alteração radical" de políticas e medidas, "apostando na recolha porta-a-porta e numa taxa que desincentive incineração e aterro", como defende  a Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, que não acredita na solução dos ecopontos.

Para além disso não há incentivo a quem seleciona o lixo porque não é possível contabilizar a quantidade de lixo gerada por cada munícipe e, assim, cobrar apenas pela quantidade de lixo, logo os cidadãos que separam não têm nenhuma vantagem perante os que não separam. Com a recolha seletiva porta-a-porta, todo o cenário muda.

O sistema de recolha porta a porta é conhecido pela maior quantidade de recicláveis que entram nos sistemas e são encaminhados para a reciclagem, evitando a deposição em aterro ou a queima.