9 Outubro 2020      09:42

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Baixo Alentejo manteve-se em seca moderada em setembro

Portugal continental registou, em setembro, um desagravamento da situação de seca meteorológica, mas o Baixo Alentejo e o Algarve mantêm-se na classe de seca moderada, segundo o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No final de setembro, 52% de Portugal continental estava em seca fraca, 34,3% normal e 13,7% em seca moderada, de acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível no site do IPMA.

No entanto, no Baixo Alentejo e Algarve, ainda se mantém em muitos locais a classe de seca moderada.

Já no final de agosto, 58,9% de Portugal continental estava em seca fraca, 22,6% em seca normal, 18% em seca moderada e 0,5% em seca severa.

É de notar que o instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”. Ainda de acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal. Depois, à medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começa a haver deficiências ao nível da água no solo. Se a situação se mantiver, evolui para seca hidrológica, quando começa a haver falta de água nas barragens. Existe também a seca socioeconómica, que é considerada quando já tem impacto na população.

O Boletim Climatológico do IPMA indica também que, além do índice de seca, o mês de setembro em Portugal continental foi quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação. É também salientado que o mês de setembro teve temperaturas acima do normal na primeira quinzena, em particular os da máxima.

O IPMA refere ainda que o período de janeiro a setembro de 2020 é o mais quente dos últimos 90 anos (desde 1931).

Segundo o boletim, no final do mês de setembro, verificou-se, em relação ao final de agosto, um aumento dos valores de percentagem de água no solo nas regiões do Norte e Centro e uma diminuição na região Sul, em particular no Baixo Alentejo e Algarve.