14 Abril 2016      10:58

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AUTENTICIDADE, O CAMINHO PARA A FELICIDADE

Parece que o ser humano é uma obra inacabada. Somos o resultado da nossa genética, do meio em que estamos inseridos, da educação, das experiências vividas, da influência das pessoas que nos rodeiam, entre tantos outros fatores.

Desde pequenos que a combinação das nossas características fazem de nós seres únicos. Mas, por outro lado, os outros parecem exigir que nos comportemos de forma igual aos demais. Há uma certa tendência para a normalização dos comportamentos e generalização destes. A escola, a família, os amigos e todos os outros, esperam, muitas vezes, que tenhamos opiniões e formas de estar e de agir iguais àquilo que dizem estar dentro do padrão de normalidade.

Agradar aos outros, procurar aceitação e recear a sua reação, são realidades às quais todos nós assistimos diariamente. Ser diferente, pensar por si próprio, ter opiniões e vontades distintas, parece desapropriado para alguns adultos em determinados contextos. É tão mais fácil imitar e agradar do que criar, ser livre!

Esta pressão social começa logo na infância, daí muitas crianças terem dificuldade em pensar e dar a sua opinião.

Para termos adultos genuínos e autênticos, capazes de defender as suas ideias e criar coisas novas, devemos motivar as crianças a serem elas próprias, a dar a sua opinião sem receio daquilo que os outram possam pensar, argumentar. Todas as opiniões e comportamentos são válidos, desde que baseados no respeito pelo próximo.

Os pais, educadores, professores, devem olhar para cada criança de uma forma única. Todos temos potencial. Através do diálogo, do exemplo, jogos didáticos e dinâmicas variadas, devemos ajudar as crianças a serem autênticas. Uma criança segura daquilo que é e das ideias que defende, tornar-se-á um jovem capaz de fazer face às influências menos positivas e um adulto verdadeiro e feliz.

Como poderemos pedir às nossas crianças ideias para mudar o mundo se condicionamos a diversidade de opiniões?

 

Lucélia Rosado, Formadora e Colaboradora da Sociedade do Bem.

Imagem de capa daqui.