22 Março 2016      11:07

Está aqui

AO RITMO DA SALSA

No passado Domingo, o presidente Barack Obama promoveu mais um acontecimento que marca a história mundial: pisa solo cubano e quebra 88 anos de ausência de líderes americanos neste país.

A visita de Obama a Cuba representa um momento extraordinário, marcando mais um passo no caminho da resolução de problemas antigos, problemas de velha Cortina de Ferro que teimava em cair, problemas de outro tempo que já não têm razão de existir na conjuntura actual.

Num mundo cada vez mais global, não faz sentido dois países vizinhos viverem uma situação de corte de relações diplomáticas, de afastamento, de não-cooperação e de desconfiança mútua.

Esta aproximação, acompanhada por manifestações contra e a favor em ambos os países, deve ser analisada como um tónico positivo com vantagens para todos, desde a libertação de prisioneiros políticos ao retomar de viagens turísticas, passando por um futuro de relações comerciais, são todos factores benéficos, tanto para os Estados como para a população em geral.

Contudo, a visita de Obama e a reunião com Raúl Castro não são por si só resoluções absolutas, embora representem um grande avanço, fica pendente um problema ainda maior nas relações entre os dois países: o embargo económico.

O embargo é, porventura, um dos assuntos com uma resolução mais difícil, sobretudo porque depende de votação em Senado Americano (dominado pelo Partido Republicano, opositor a Obama), e ao mesmo tempo uma das matérias que mais urge resolver, sobretudo pelo desenvolvimento humano e económico do povo cubano. Desta forma, e porque Cuba tem vindo a apontar o embargo como uma das principais razões para a situação de pobreza vivida no seu país, os Estados Unidos deviam também aproveitar esta oportunidade para limpar a imagem criada quando o instalaram e permitir um novo panorama de abertura e trocas comerciais.

Espero sinceramente que este acontecimento seja o início de um caminho melhor, promovendo a tolerância e entendimento entre os povos, as relações pacíficas e amigáveis, rompendo com os preconceitos do passado.

 

Homenagem a um Grande Senhor

Quero deixar uma breve referência a um ilustre conterrâneo que admirava bastante, pela sua grandeza como ser humano, pelo seu talento enquanto artista e pela forma como foi um embaixador do Alentejo e de Serpa, deixou uma grande tristeza em todos nós - Descanse em paz Nicolau Breyner.

 

Imagem de capa daqui.