O ano de 2020 foi e continua a ser desafiante para todos nós, no justo esforço de nos mantermos unidos, solidários e otimistas para construirmos juntos uma nova normalidade nas nossas vidas.
Com o aproximar da quadra natalícia e de um novo ano, sinónimos de fé, alegria e esperança, devemos ser capazes de voltar a acreditar. De renovar esperanças. De sonhar com um futuro com mais oportunidades, mais desenvolvimento e maior justiça.
Não é novidade que as principais fragilidades, de forma transversal, à maioria dos concelhos do interior e da raia alentejana, centram-se nos insuficientes serviços de saúde, no marcante insucesso escolar, na debilidade económica das famílias e empresas, na parca manutenção das acessibilidades rodoviárias e, também, na falta de confiança para a fixação de pessoas e novos projetos. Todos estes elementos têm em comum uma sociedade de base local que, infelizmente, sofre as consequências da falta de um plano estrutural inexistente numa grande fatia destes territórios de dimensão mais reduzida e com baixo nível de competitividade, assistindo-se, não raras vezes, à defesa de interesses próprios em detrimento da salvaguarda do bem-estar geral da população.
Com plena consciência dos pontos críticos atrás referidos, e num enquadramento contextual pós-pandémico, torna-se absolutamente essencial que o ano de 2021 represente uma restruturação de políticas públicas para os concelhos do interior, com o objetivo de relançar a economia e elevar os padrões e qualidade de vida dos munícipes.
Um plano que deverá assentar no princípio de que devemos todos contribuir com o nosso empenho e anseios para que possa ser seguido um modelo expansionista, que valorize a liberdade individual e que projete uma economia local robusta e eficaz, procurando-se dar emprego a quem o procura e facilitando a concretização dos projetos de vida das famílias e dos jovens.
É necessário ir mais longe, com realismo, mas com uma visão de futuro. Com honestidade, determinação e compromisso porque é sempre possível fazer mais e fazer melhor. Disso, não devemos ter dúvidas algumas!
Finalizo, aproveitando a ocasião para desejar a todas as famílias, mas também, embora distantes fisicamente, a todos os emigrantes e diáspora, um Feliz e Santo Natal e um Próspero Ano Novo com muita saúde.
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