A barragem de Pedrógão, que fica a 23 km a jusante da barragem de Alqueva, começou, pelas 21:00 de quarta-feira (12), descargas controladas, motivadas pelo “aumento significativo dos caudais afluentes provenientes do rio Ardila e do turbinamento das centrais hidroelétricas de Alqueva”, informa a EDIA, em comunicado.
A barragem de Alqueva estava, na manhã de ontem, quinta-feira (13), à cota 151.49 m, ou seja, a aproximadamente 50 cm do nível de pleno armazenamento, o que representa um encaixe de cerca de 200hm3.
De forma a gerir a situação, a EDIA estava, já ontem, a proceder ao controlo dos volumes armazenados através “da operação das centrais hidroelétricas de Alqueva e da realização de descargas controladas em Pedrógão”.
As descargas realizadas resultam num "aumento temporário do caudal do rio Guadiana a jusante da barragem de Pedrógão”, o que levou a EDIA a alertar as populações ribeirinhas, os pescadores, os agricultores e os demais utilizadores da zona para a necessidade de “adotarem as precauções necessárias”. Logo nas horas seguintes, a previsão era a de que o caudal instantâneo libertado na barragem de Pedrógão tivesse “uma magnitude da ordem dos 280m3/s”.
O tempo de trânsito dos caudais descarregados pela barragem de Pedrógão ronda as 18 horas até ao Pulo do Lobo, “o que significa que o tempo até se verificar um aumento do escoamento em Mértola poderá ser superior às 18 horas”, explicou ainda a empresa.
Fotografia de jn.pt