7 Dezembro 2017      10:15

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ALENTEJO TEM DE SE ADAPTAR ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

O investigador Miguel Araújo, coordenador da Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade de Évora, não tem dúvidas que o Alentejo é umas das regiões da Europa mais afetadas pelas alterações climáticas e por isso considera que é importante que a região se prepare para uma adaptação a esta nova realidade, que se revela por aumentos de temperatura e redução da precipitação e que afectará "uma economia regional marcadamente dependente da agricultura e do turismo".
 
É esse o objetivo da Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas no Alentejo (ERAACA), que Miguel Araújo coordena, desenhada numa parceria entre a Comissão de Coordenação Regional do Alentejo (CCDRA) e a Universidade de Évora e que dispõe de 1 milhão de euros "para dotar a região do Alentejo das estratégias e competências e capacidades institucionais necessárias para promover a adaptação às alterações climáticas com base na articulação de medidas transversais, setoriais e territoriais".
 
O Investigador adianta que “todos devemos estar preparados para viver numa realidade climática muito diferente, ao nível regional e local, sendo que neste momento há que, globalmente, agir para “reduzir os impactos”.

Mas há também oportunidades a ter em conta já que o Alentejo lidera políticas de mitigação das alterações climáticas ao nível nacional – produz 67% da energia fotovoltaica em Portugal e reúne as competências científicas e académicas, bem como as motivações interinstitucionais regionais necessárias à prossecução de uma estratégia e à implementação de mecanismo de mitigação e adaptação.

Fonte: Universidade de Évora