11 Setembro 2024      09:48

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Alentejo produziu “revolução” no cultivo do olival

Jaime Lillo, diretor executivo do Conselho Oleícola Internacional (COI)

O Alentejo “é uma das regiões, senão a região, mais inovadora, mais competitiva e onde se produziu uma autêntica revolução no cultivo” do olival, indicou à Lusa o diretor executivo do Conselho Oleícola Internacional (COI), Jaime Lillo.

O responsável falava à margem de uma reunião que teve lugar em Beja com diversas entidades portuguesas das áreas da olivicultura e da produção de azeite, no âmbito de uma visita do COI a Portugal, que termina hoje, quarta-feira, para conhecer presencialmente a realidade dos lagares e da produção de azeite no País, em particular da região do Alentejo.

O programa da visita teve início com a reunião em Beja, na qual participaram a anfitriã OLIVUM – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, e também a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal e Casa do Azeite.

Visitas a olivais, a lagares e à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), assim como apresentações de projetos de investigação e educativos, são os destaques destes dois dias de visita técnica.

Jaime Lillo, que está a cumprir o seu primeiro ano de mandato como diretor executivo do COI, justificou que tinha “um interesse particular em visitar Portugal”, que produz azeites “de excelente qualidade”, e, em particular, o Alentejo.

“O que acontece no Alentejo é uma referência internacional do que é a olivicultura moderna, a olivicultura competitiva, de precisão e, além disso, também sustentável e de qualidade”, elogiou.

Além disso, o responsável garantiu que Portugal está “na primeira liga” na produção de azeite e “brevemente” poderá chegar ao “pódio dos três campeões”, graças ao crescimento da sua capacidade produtiva e às previsões existentes.

Também a diretora executiva da OLIVUM, Susana Sassetti, argumentou que existe “muito interesse” na plantação de olival em Portugal, pelo que ainda há “manobra para crescer” no país.

“Se continuarmos assim, eu acho que sim, passaremos aqui seguramente ao terceiro produtor mundial de azeite”, vaticinou, lembrando que Portugal já está “no 6.º ou 7.º” lugar desta lista.

Susana Sassetti lembrou que, no país e sobretudo no Alentejo, “há muito olival que ainda não entrou em produção” e “plantações jovens que ainda não entraram na sua produção máxima”, além de que se trata de “uma cultura muito rentável” para os produtores.

 

Fotografia de oliveoilworldcongress.com